Foto: Sou Agro

Mulheres que buscam conhecimento trazem resultados extraordinários para às propriedades rurais

Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| Neste mês da mulher, escolhemos elas, para publicar uma série especial, afinal, o público feminino tem ganhado cada vez mais espaço no campo. Exemplo disso está dentro do Sindicato Rural de Cascavel, onde há uma Comissão Feminina que é exemplo para o Paraná e para o Brasil, tanto em organização quanto em participação das mulheres.

E é dentro deste grupo que elas buscam se aperfeiçoar por meio de cursos do Senar, para levar ainda mais conhecimento para dentro das propriedades. As histórias dessas mulheres foram usadas como exemplo para caravanas de todo Estado durante o Show Rural 2023 e agora serão apresentadas como incentivo para todo público feminino que está ou quer ingressar no agronegócio.

Sisse Fornari faz parte deste grupo, casada com o Celso Fornari há 45 anos tem três filhos e seis netos. Hoje consegue ajudar em muitas questões importantes na propriedade, mas nem sempre foi assim.

“Foi difícil porque eu casei tinha 17, 18 anos. Então cheguei ali na fazenda do meu sogro e do meus tios. Tinha um monte de funcionário e dentro de casa que eu tinha que fazer comida, lavar, passar tudo o que você imagina de uma dona de casa. Não tinha luz, gás, não tinha nada. Há 45 anos atrás, a vida era bem mais sofrida do que hoje. Eu era assim só dona de casa, em Santa Tereza, onde eu morava. Depois que a gente veio para cá também, quando a gente tinha os sócios aqui. Depois que a gente foi comprando e ficamos sozinho aqui, daí meu marido disse: bem, agora essa parte que é sua. Eu cuido do financeiro, mas ajudo no que precisar”, disse.

 

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E foi aos quase 60 anos que Sisse resolveu buscar mais conhecimento, ela sabia que precisava encarar novos desafios para melhorar os resultados na propriedade e então se juntou ao grupo de mulheres do Sindicato Rural de Cascavel.

“Eu fiquei uma pessoa diferente depois que eu comecei lá. No setor de computação, com a mulher atual eu fiz uns quantos cursos, Eu era muito tímida, hoje ainda eu sou uma pessoa tímida, né? Antes eu era muito mais. No meu desenvolvimento, no meu eu ajudou bastante lá com as mulheres. Agora já eu não tenho tanta vergonha de chegar num banco. 11 anos atrás, eu não podia nem assinar num banco. Eu tremia e ficava nervosa. Agora já estou mais calma aqui também com as pessoas, sei lidar com elas. Então gosto de estar lá com elas. Se eu pudesse, todas as reuniões lá com elas, eu ia”, detalha.

mulheres

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Sisse demonstra orgulho de fazer parte do agro e saber que o que é produzido na propriedade chega no mundo todo.

“A gente fica orgulhosa e pensa assim: para onde está indo o frango nosso, quem sabe para a Europa, para os Estados Unidos. A gente pensa: quem está comendo o frango nosso, quem está comendo o milho? soja ou óleo? Quem é que está usando o nosso óleo? É muito bom isso. Eu acho muito bom isso. Amo muito o que eu faço. Com minha família toda junto, a minha família, sempre em primeiro lugar”, finaliza Sisse.

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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