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Os reflexos da “vaca louca” para os pecuaristas

Emanuely
Emanuely

#sou agro| Mostramos nesta quinta-feira (23) aqui no Sou Agro, o caso de “Vaca Louca” confirmado no Brasil. Diante da confirmação em um animal macho de 9 anos no município de Marabá, no Paraná, a China (maior exportador de carne suína do mundo) suspendeu a compra de carne brasileira.

De acordo com um dos diretores do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Vallini, toda essa situação gera preocupação, principalmente para o pecuarista. “Evidentemente que não havendo exportação, os preços deverão cair no mercado interno. Para o consumidor isso é muito bom mas para os pecuaristas, é ruim. Os custos vem aumentando muito nos últimos meses e os preços não evoluíram da mesma forma que os custos, então a preocupação é essa.”

A esperança é que seja apenas um caso atípico. “Sendo um caso atípico a solução é rápida. A exportação volta a funcionar. Além disso, sendo um caso atípico não vai haver contaminação para os outros animais e seres humanos.” acrescentou.

Será que podemos continuar consumindo a carne suína?

O Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, descartou risco para o consumidor brasileiro. Fávaro ressaltou que a Vigilância Sanitária do Ministério da Agricultura é eficaz e monitora a qualidade da carne consumida no país. “O consumidor brasileiro pode ter certeza. Nosso sistema [de vigilância sanitária] é eficiente. Temos segurança de que não há risco nenhum de contaminação”, declarou.

Prazo 

Os prazos ficam a critério da autoriedade chinesa. A Larissa Wachhol, especialista em mercado para a china, também falou com a nossa equipe. “Uma questão importante que se deve ter em mente sobre o prazo é que, a china se aproxima das reuniões gêmeas (reuniões de dois orgãos parlamentares da china), elas ocorrem a partir do dia 4 de março, e isso é ruim para o nosso prazo nesse momento, a não ser que os chineses consigam dar agilidade a essa avaliação antes das reuniões.”

Casos da vaca louca no Brasil

Na última vez em que foram confirmados casos da vaca louca no Brasil, em 2021, as exportações para a China ficaram suspensas por cerca de 100 dias, de setembro a dezembro daquele ano. Apesar de reconhecer que a suspensão trará prejuízos para a balança comercial brasileira, o ministro disse esperar que o processo seja breve.

A confirmação do caso de vaca louca ocorreu num momento em que as exportações de carne bovina para a China estavam em alta. Em janeiro, as exportações cresceram 7% na receita e 17% no volume em relação ao mesmo mês de 2022, totalizando US$ 851,2 milhões e 183.817 toneladas, tanto em carne in natura como congelada. As vendas para a China corresponderam a 57% do total, com receita US$ 485,3 milhões e 100.164 toneladas exportadas.

 

 

(Emanuely/Sou Agro)

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