Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Sociedade Rural do Oeste do PR afirma não concordar com vandalismo e repudia fala de Lula que acusa o agro

Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Sociedade Rural de Cascavel, por meio do presidente Devair Bortolato, repudia a fala do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, em que o presidente acusa o agro de envolvimento em manifestações que causaram destruição em Brasília no último domingo (08) e diz ser contra os atos de vandalismo.

“O agronegócio maldoso, sabe. Aquele agronegócio que usa agrotóxicos, sem nenhum respeito para a saúde humana, possivelmente também estava lá”.

Segundo a matéria publicada pela assessoria da Sociedade Rural, a frase não teria efeito algum, se fosse dita por um cidadão comum. Porém, ela é atribuída ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao se referir ao episódio de domingo envolvendo apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília. A declaração de Lula caiu como coma bomba no setor responsável por 40% da economia do Brasil.

De acordo com assessoria da sociedade, em viagem a trabalho ao Mato Grosso, o presidente da SRO (Sociedade Rural do Oeste do Paraná), pecuarista Devair Bortolato, o Peninha, disse que o atual presidente fez acusações infundadas e agiu de maneira equivocada ao culpar o agronegócio pela mobilização na capital federal. “É um apontamento sem provas. A afirmação envolvendo o agro ganhou o mundo e isso precisa ser esclarecido o quanto antes.

Conforme Bortolato, com relação ao movimento, quando se trata de paz, sem violência, todos têm o direito de se manifestar. “Pode ser o agro, a OAB, seja quem for. Só não concordamos com invasões e quebra, como ocorreu em Brasília”, enfatizou.

Voltando para a declaração culpando o agronegócio sobre a mobilização, Peninha comenta que Lula agora precisa apontar nomes das pessoas do agronegócio que estiveram encabeçando o movimento. “Ele [Lula] não pode fazer isso na condição de presidente. Não tem direito constitucional mais do que você ou eu. Para fazer isso, precisa provar, pois apontou para o mundo que o agronegócio está envolvido”.

A Sociedade Rural do Oeste do Paraná não concorda com o vandalismo. “Concordamos sim com o movimento de maneira ordeira e pacífica. Mas jamais vamos apoiar um presidente que aponta um segmento como responsável pelos atos em Brasília”. Por fim, o presidente da SRO comenta que este movimento só existe por desconfiar do resultado das eleições para presidente. “Eu também coloque em xeque esse resultado”.

Fonte: Imprensa SRO

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

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