Foto ilustrativa: Envato

Será mesmo que onças foram soltas no Oeste do Paraná para atacar animais?

Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| Uma notícia falsa tem gerado muita repercussão no Oeste do Paraná. Isso acontece após informações que circulam em aplicativos de mensagem dizerem que onças de zoológicos foram soltas na região.

Isso acontece em São Miguel do Iguaçu e os boatos começaram quando os moradores viram integrantes Projeto Onças do Iguaçu na cidade, segundo as mensagens, os funcionários seriam estrangeiros e soltaram 12 onças na cidade.

 

Thiago Reginato e Aline Kotz que fazem parte do projeto, explicam que as notícias são falsas e não devem ser compartilhadas.

“As informações que estão sendo distribuídas em canais, principalmente de WhatsApp, seriam de que o projeto Onças Iguaçu soltou 12 onças oriundas de zoológico aqui nessa região e que nós somos estrangeiros. Estávamos visitando a região e que era para os ciclistas cuidarem para andar aqui. Por acaso que tem risco na sua segurança essas 12 onças atacarem esses ciclistas? Então a gente vem esclarecer que isso são informações falsas, são informações errôneas. São informações que não ajudam as pessoas, muito pelo contrário, são informações que levam ao pânico. A gente pede para essas pessoas que fazem esse tipo de informação, que não compartilhem, não divulguem”, explica Thiago.

“Se tem alguma dúvida, essas pessoas querem ser prestativas, então nos procurem. Procure o projeto de Iguaçu que esclarece o que a gente está fazendo, que está trabalhando aqui na região. E eu peço novamente não divulgue. Fique News, não divulgue notícias falsas”, acrescenta Thiago.

 

As equipes estão na região atuando na comunidade Castelo Branco para monitoramento de um felino que matou cachorros e galinhas. A onça se chama Maná, tem 11 meses e já está circulando sozinha, o que não é comum segundo os pesquisadores já que os filhotes ficam com as mães até os 2 anos.

“A gente está atendendo um caso de predação aqui na Castelo Branco foi notificada e o indivíduo é jovem. Ela tem 11 meses, ela se chama Maná. A gente monitora a mãe dela há aproximadamente três anos. A mãe dela não é registrada, mas faz aproximadamente três meses que a gente está investigando porque os filhotes ficam mães por aproximadamente um ou até mesmo dois anos. Então, ela seguiu o corredor e Madá saiu do parque e seguiu o corredor até a propriedade onde ela acabou predando cachorros e galinhas. Então a gente vem trabalhando nessa propriedade, fazendo as medidas padrão, mesmo”, diz Aline.

Os integrantes do projeto trabalham há muito tempo para tentar fazer com que Maná volte ao Parque Nacional do Iguaçu.
“Estamos há quase um mês instalando equipamentos e tudo mais para fazer com que a Maná volte para o Parque Nacional do Iguaçu. Não é comum, onças pintadas não vivem em corredores tão estreitos e com tanta pouca oferta de alimentação, então a gente está fazendo com que ela volte. É a primeira vez que a gente atende um caso tão longe do Parque Nacional do Iguaçu

A equipe que desmente os boatos, também pede para que as carcaças de animais que são carneados na propriedade sejam enterrados, já que muitos dos casos onde onças atacam animais acontece por conta do descarte incorreto.

“Eu gostaria de fazer um pedido a todos vocês que não descartem carcaças. Agora chega no final do ano e vai carnear um porquinho e descarta esse material que soba, porque todos os casos que nós atendemos de predação nesses seis anos, todos foram provenientes de descarte inadequado de carcaças ou do próprio produtor ou da vizinhança, enfim”, finaliza Aline.

(Com Onças do Iguaçu)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

Entre em um
dos grupos!

Mais Lidas

Mais Notícias