Pesquisadores fazem experimentos sobre doenças da soja
Uma rede, composta por pesquisadores e instituições, empresas de melhoramento genético, de consultorias e sementeiras, está conduzindo, de forma integrada, um conjunto de experimentos em Mato Grosso e Rondônia para buscar respostas relacionadas à ocorrência da podridão da vagem, conhecida como anomalia da soja, e ao quebramento da haste de soja. Os dois problemas surgiram em Mato Grosso nas últimas safras e vem causando preocupação aos produtores rurais.
Cada experimento serve para observação e coleta de dados relacionados aos dois problemas. São 12 ensaios que avaliam 42 cultivares geneticamente modificadas, 12 ensaios com materiais convencionais (não transgênico) e 12 ensaios com 9 cultivares e 3 épocas de plantio. Há ainda seis ensaios com uso de diferentes estratégias de fungicidas. As áreas de pesquisa estão localizadas em Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, em Mato Grosso, e em São Miguel Ariquemes e Guaporé, em Rondônia.
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De acordo com Auster Farias, pesquisador da Embrapa Cerrados lotado na Embrapa Agrossilvipastoril (Sinop-MT), os dois problemas são novos e ainda não há uma conclusão sobre as causas. Trabalha-se com diferentes hipóteses relacionando a causa a patógenos ou às condições climáticas ou ainda ao sistema de produção. “Pode ser que não seja um fator isolado, mas sim um conjunto dessas causas”, explica o pesquisador.
Na safra passada já foram feitas algumas observações importantes, porém em áreas de vitrines de cultivares e não em experimentos montados com esse propósito. Para padronizar a coleta de informações, pesquisadores da Embrapa e parceiros definiram metodologias de coleta de dados e de materiais.
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Auster Farias explica que, nos experimentos em campo, estão sendo coletados tecidos vegetais para isolamento de patógenos visando identificar possíveis causas e também serão coletadas amostras para estudos genômicos. “Nosso objetivo é selecionar materiais mais resistentes ao quebramento e à podridão da vagem, além de identificar as causas dos problemas”, explica Auster Farias.
A pesquisadora Dulândula Wruck, da Embrapa Agrossilvipastoril, explica que foram identificados fungos em materiais coletados na última safra, porém, quando inoculados em plantas em casa de vegetação, os sintomas não foram reproduzidos. De toda forma, a pesquisa realizada nesta safra testa diferentes estratégias de controle do patógeno, sendo tratamento de semente, aplicação de fungicidas multisítio ou sitioespecífico, além de diferentes épocas de aplicação.
A rede de pesquisa busca fontes de financiamento para custeio dos experimentos e das pesquisas.
Com Embrapa