PECUÁRIA

“O que vai ter em 2023, é o mundo buscando o Brasil pela sua qualidade”, diz presidente da ABPA sobre carne brasileira

"O que vai ter em 2023, é o mundo buscando o Brasil", diz presidente da ABPA sobre carne brasileira
Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| A inauguração do maior frigorífico de suínos da América Latina foi uma grande conquista para o Oeste paranaense e para o Brasil. Na entrega oficial da unidade, autoridades ligadas ao agronegócio olham para um futuro promissor com relação aos resultados que isso vai representar para a carne suína brasileira. Com sede em Assis Chateaubriand, o novo frigorífico da Frimesa vai começar abatendo uma média de quatro mil suínos por dia, quantidade que será abastecida pelas cooperativas filiadas: Copagril, Lar, C. Vale, Copacol e Primato. Mas nas próximas etapas, o objetivo é alcançar o abate de 15 mil suínos por dia.

“A Frimesa é um exemplo. Está fazendo 45 anos e mostrando pujança do Paraná. Quando você olha o passado e vê o crescimento do Estado, que se tornou hoje o maior produtor e o maior exportador de aves e suínos do Brasil, mostrando com muita força fazendo isso. Nos suínos ele é o terceiro maior produtor e exportador, mas já está crescendo e a firmeza vai fazer com essa obra o maior frigorífico da América Latina a entrar com percentuais muito importantes 7 a 8% da produção de abate diário brasileira quando a planta estiver totalmente em funcionamento e mais de 12% da produção do Paraná. Veja que quando tiver o tal funcionamento, a gente abate aqui no Paraná mais ou 43 mil suínos por dia e a obra prevista para 15 mil. São mais de 30% da produção paranaense que vai sair aqui de Assis e os municípios da redondeza. Um sistema de integração com sustentabilidade é, mais do que isso, uma fábrica que orgulha quem vê pela tecnologia, pela qualidade, pelas pessoas, pela gente que faz isso acontece”, disse Ricardo Santin, presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).

 

A tecnologia da nova indústria da Frimesa segue parâmetros mundiais, inclusive com robô dentro da unidade. Um exemplo para o Brasil e para o mundo quando se fala em produção de carne suína.

“Hoje nós vemos aqui excelência de ponta, indústria 4,0 como excelência de produção de carne, acima de tudo, segurança do alimento, biosseguridade porque nós não temos peste suína africana, nós não temos doenças nos animais. e mais do que tudo, sustentabilidade, tratamento de água, tratamento de efluentes, tratamento das pessoas que são bem cuidadas. Você vê cuidado especial para os nossos trabalhadores. Cuidado especial para o nosso produtor. É uma cooperativa e uma central cooperativa. Ela já nasce com espírito de família. É por isso que a gente tem que estar muito feliz. Esse é um marco muito positivo. 45 anos de uma trajetória, com uma inauguração tão grande e tão poderosa como essa”, diz Santin.

RECORDE EM EXPORTAÇÕES

Neste ano, mesmo com todas as dificuldades o Brasil vai bater recorde na produção d carne de suínos e frango. Resultados comemorados antecipadamente, mas que segundo às projeções devem ser ainda melhores em 2023.

“Seguimos trabalhando da mesma forma, tivemos muita dificuldade, preço do milho pelo farelo de soja não baixaram. Infelizmente os custos de produção estão muito elevados. No caso do suíno estamos recuperando, devemos chegar a quase no mesmo número do ano passado, o frango passa a quase 5%. Ou seja, números bem positivos que mostram a pujança do Brasil e mais a necessidade do mundo. Mais do que os números que vamos fazer esse ano o mais importante é o que vai ter em 2023, o mundo buscando o Brasil pela sua qualidade, pela sua sanidade, pela capacidade de produzir com muita sustentabilidade”, finaliza Santin.

 

 

 

 

 

 

 

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)