Foto: Embrapa
AGRICULTURA

Lodo do tratamento de água pode ser reaproveitado para melhorias na agricultura

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Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| Você sabia que o lodo do tratamento de água pode ser um ótimo aliado da agricultura? Pois é, foi justamente isso que um estudo feito no Rio Grande do Sul apontou. O trabalho foi feito entre a Embrapa Clima Temperado e especialistas de diversas instituições e gerou dados que estabeleceu procedimentos para o uso seguro do lodo de estações de tratamento de água (Leta) em solos agrícolas.

O trabalho científico foi a base para a elaboração da Resolução Normativa nº 461/2022, do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema-RS), a primeira relacionada ao uso desse tipo de resíduo. O Leta é um grande problema de destinação para as companhias de saneamento e costuma ser disposto somente em aterros sanitários.

lodo

 

A pesquisa mostrou que, se devidamente tratados, os Letas podem condicionar solos agrícolas arenosos e que, sob diversas condições de aplicação, preservam a qualidade do solo e até promoveram pequenos aumentos da produtividade de lavouras experimentais de milho e azevém, em circunstâncias específicas. Além disso, quando utilizados na formulação de substratos, apresentaram benefícios como incremento de altura, de volume radicular e precocidade das plantas.

“Os lodos de estações de tratamento de água eram considerados um passivo; agora são convertidos em matérias-primas para fabricação de insumos e produtos para uso seguro na agricultura”, ressalta o gestor do Departamento de Inovação Tecnológica da Companhia, Jonas Kneip Araújo. “Essa realidade eleva a Companhia a outro patamar, tanto na sustentabilidade financeira, monetizando o que antes era despesa, além de promover uma economia circular, retroalimentando o sistema com menor impacto ambiental”, declara.

A Corsan realiza serviços de água e esgoto para 317 dos 497 municípios gaúchos. A companhia registra a produção de, aproximadamente, 51 mil metros cúbicos (m3) de lodos de estações de tratamento de água (ETAs) e cerca de 32 mil m3 de lodos de estações de tratamento de esgoto (ETEs), anualmente.

(Leia a pesquisa completa da Embrapa AQUI)

(Débora Damasceno/Sou Agro)