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Para votar consciente, relembre as propostas do agro dos candidatos ao governo do PR

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Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| 2 de outubro, esta foi a data definida para a escolha dos representantes políticos dos brasileiros. Neste domingo, os eleitores votam nos candidatos a governador, deputados estadual e federal, senador e presidente da república.

Ao longo dos últimos dias, publicamos às propostas dos candidatos ao governo do Paraná com foco nas ideias voltadas para o agronegócio.

 

Para te relembrar todos esses planos de governo, vamos colocar aqui em ordem alfabética, conforme divulgado pelo TSE, os trechos dessas propostas.

ADRIANO TEIXEIRA

O primeiro da lista é o candidato Adriano Teixeira, do Partido da Causa Operária. Ele tem como candidato a vice-governador Cristiano Kubick Poll, do mesmo partido.

 

A proposta de governo do candidato tem sete páginas e não cita o agronegócio, apenas Reforma Agrária com expropriação do latifúndio e nela prevê  “Punição dos latifundiários e outros responsáveis pelo assassinato
dos trabalhadores e lideranças da luta pela terra; ocupar o latifúndio para garantir terra para quem nela more e trabalhe, e a produção de alimentos para toda a classe trabalhadora; direito de autodefesa e armamento para os trabalhadores do campo”.

A proposta completa pode ser vista AQUI.

 

CARLOS MASSA RATINHO JÚNIOR

O candidato da vez é Carlos Massa Ratinho Junior, que concorre à reeleição pelo Partido Social Democrático – PSD. Ele tem como candidato a vice-governador,  Darci Piana, do mesmo partido.

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A proposta de governo tem 114 páginas e o agronegócio aparece várias vezes, uma delas no item: “Novo agronegócio” que diz o seguinte: “Na agricultura, um setor em franca expansão, as entregas do Governo do Estado foram constantes. Da hipersafra de 2019 à crise da estiagem e Guerra na Ucrânia, o Paraná se consolidou como maior produtor de proteína animal do Brasil e um dos principais produtores de grãos para o mercado internacional (mais de 40 milhões de toneladas/ano), de seda para a indústria têxtil e dos produtos da cesta básica, incluindo feijão, café, açúcar, frutas e verduras, para milhões de brasileiros. O Estado ganhou projeção nacional por suas ações junto aos produtores rurais. Foram lançados programas inovadores de financiamento com juro zero para incentivar a sustentabilidade do campo (Banco do Agricultor) e a renovação das fontes de energia (RenovaPR). Outros projetos de destaque passaram pelo fim do desperdício de comida (Banco de Alimentos), garantia da continuidade da produção e alimentação de milhares de famílias, além da isenção de ICMS para sistemas de irrigação”, diz parte do texto.

O Agronegócio também aparece em outras citações das 114 páginas da proposta de governo do candidato. A proposta completa de governo pode ser conferida AQUI.

 

GOMYDE

O candidato Ricardo Crachineski Gomyde, do Partido Democrático Trabalhista – PDT e registrou a candidatura com o nome Gomyde. Ele tem como candidata à vice Eliza Ferreira da Silva do mesmo partido.

 

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A proposta de governo do candidato tem 28 páginas e o que está mais próximo do agro, é citado na proposta: “Um Paraná sustentável: meio ambiente, energias renováveis e o novo desenvolvimento” com o seguinte: “Implantar o programa estadual Cultivando Água Boa, para cuidar das nascentes dos nossos rios e promover a educação ambiental, inspirado no projeto criado pela empresa Itaipu, em 2003, com excelentes resultados para toda aquela região; Investir em projetos sustentáveis, face indissociável de uma nova economia, pois é a oportunidade de reestruturar o modelo atual de desenvolvimento com inovações e geração de empregos com alto valor agregado; Promover a utilização de energias renováveis e reduzir a dependência de combustíveis fósseis, em acordo com os compromissos internacionais como a Agenda 2030 e os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável; Melhorar a efi ciência dos serviços e buscar a universalização no atendimento de água e em especial do acesso ao esgoto tratado; Tornar o Paraná referência em energias renováveis, incentivar as fontes para geração de energia elétrica limpa e acessível; Implantar programa de redução da geração de lixo (Lixo Zero0, alterando a lógica de sua produção de modo a promover a conscientização do consumo, o reaproveitamento, a reciclarem, a compostagem e a destinação adequada dos resíduos domésticos e industriais gerados; Criar critério de sustentabilidade para as compras públicas em âmbito estadual; Implantar um índice de desenvolvimento sustentável das cidades paranaenses.

A proposta completa pode ser vista AQUI.

 

JONI CORREIA

Joni Silva Correia Junior, registrou o nome como Joni Correia. Ele é do partido Democracia Cristã e tem como candidato a vice-governador Gledson Zawadzki, do mesmo partido.

A proposta de governo do candidato tem 50 páginas e com relação ao agro ele promete “planejar, organizar e controlar a execução das atividades do setor agropecuário do Estado”. No quesito 2.3 Macro Área da Agricultura, o plano de governo destaca que  “a principal linha de atuação do DC será promover a melhoria dos mercados para todos os segmentos da pasta. Isso será feito através dos programas já existentes bem como a criação de novos programas que promovam ao empresário do campo as necessárias inovações tecnológicas, assistência técnica, extensão rural, infraestrutura e logística eficientes. Estímulo ao empreendedorismo e a replicação das boas práticas para todos. Controle Biológico de pragas, e sempre buscando uma forma de produzir que seja sustentável. Fortalecer a agricultura familiar como forma de incrementar a renda do agricultor. O Paraná é um Estado que possui na sua essência uma vocação agrícola. Assim, possui alguns programas que incentivam esta pujante área do Estado e alguns deles existem já há muitos anos. Todos eles serão reavaliados e readequados, se necessário. Outros programas serão inseridos na Gestão da Macro Área da Agricultura”.

A proposta também prevê programa para compra de leite dos pequenos produtores para distribuição às famílias carentes; estímulo à produção e venda produtos orgânicos; estímulo ao Cooperativismo e estimulo ao ensino e pesquisa para desenvolvimento de pesquisas na área do agro; além do financiamento de energia limpa para produtores e melhorias nas estradas rurais. A proposta completa do candidato você confere AQUI.

PROFESSOR IVAN

Ivan Ramos Bernardo registrou a candidatura como Professor Ivan que tem como candidato a vice, Phillip de Lima Natal, registrado como Phill Natal, os dois do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado – PSTU.

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A proposta de governo do candidato tem  57 páginas e o agronegócio aparece no item: “O campo para quem trabalha! Nacionalização e expropriação do latifúndio!” com o seguinte texto: “Hoje o campo paranaense está nas mãos do agronegócio, controlado por um pequeno número de grandes empresas e pelo capital financeiro internacional. Produz-se para exportação e não para alimentar a população. A desnacionalização da economia brasileira tem no campo sua principal expressão. Defendemos a nacionalização do grande latifúndio, expropriação sob controle dos trabalhadores para que definam a sua produção, de acordo com as necessidades do povo e em harmonia com o meio ambiente. Defendemos a partilha de parte do latifúndio a fim de garantir terra aos camponesas sem-terra que as reivindicam, assim como todas as condições de produção e comercialização de seus produtos, com acesso a crédito barato e apoio técnico. Desta forma, seria possível garantir alimentos baratos aos trabalhadores e ao povo pobre.”

A proposta completa você pode conferir AQUI.

PROFESSORA ANGELA

A candidata da vez é a Angela Alves Machado, que registrou o nome como Professora Angela, do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade). Ela tem como candidato a vice-governador Sérgio Nakatani, do mesmo partido.

A proposta de governo da candidata tem 73 páginas. Com relação ao agro, as ideias estão no item “O Campo”, a partir da página 54. “Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhorar a nutrição, e promover
a agricultura sustentável; dobrar a produtividade agrícola e a renda dos pequenos produtores de alimentos, em particular mulheres, povos indígenas, agricultores familiares, pastores e pescadores, por meio de acesso seguro e igualitário à terra, outros recursos e insumos produtivos, conhecimento, serviços financeiros, mercados e oportunidades de agregação de valor e emprego não agrícola. Garantir sistemas sustentáveis de produção de alimentos e implementar práticas agrícolas resilientes que aumentem a produtividade e a produção, que ajudem a manter os ecossistemas, que fortaleçam a capacidade de adaptação às mudanças climáticas, condições climáticas extremas, secas, inundações e outros desastres e que melhorem progressivamente a qualidade da terra e do solo.  Incentivo à agricultura orgânica.  Manter a diversidade genética de sementes, plantas cultivadas e animais cultivados e domesticados e suas espécies selvagens relacionadas, inclusive por meio de bancos de sementes e plantas bem administrados e diversificados, e promover o acesso e a repartição justa e equitativa dos benefícios decorrentes da utilização de recursos genéticos e conhecimentos tradicionais associados. Aumentar o investimento em infraestrutura rural, pesquisa agrícola e serviços de extensão, desenvolvimento de tecnologia e bancos de genes de plantas e animais para aumentar a capacidade produtiva agrícola. Implementação de programas de agricultura urbana. Incentivo à meliponicultura, incentivo ao cooperativismo no campo e incentivo à reforma agrária e apoio aos assentados”, consta.

A proposta completa de governo pode ser conferida AQUI.

REQUIÃO

O candidato Roberto Requião de Mello e Silva, registrou o nome como Requião. Ele é do PT (Partido dos Trabalhadores) e tem como candidato a vice-governador Jorge Samek, do mesmo partido.

 

A proposta de governo do candidato tem 50 páginas e o agro aparece nos seguintes pontos da proposta: “combater imediatamente a fome e estimular a produção de alimentos, com apoio à agricultura familiar, por meio de crédito e garantia de mecanismos de compra e distribuição. Retomar imediatamente a política de estoques reguladores. Para isso, é urgente o fortalecimento dos núcleos regionais da Secretaria de Agricultura e da extensão rural. Propõe-se, ainda, o cuidado com a saúde e o combate à fome, com a oferta de merenda escolar de qualidade, através da aquisição dos alimentos da agricultura familiar a preço justo; promover ambiente em que empreendedores individuais, sociais e o cooperativismo em geral contem com um mosaico de oportunidades que assegure crédito facilitado, assistência técnica e, em gestão, acesso à tecnologia, prioridades em compras públicas e superação da burocracia”. A proposta de governo completa do candidato pode ser conferida AQUI.

SOLANGE FERREIRA BUENO

Solange Ferreira Bueno, do Partido da Mobilização Nacional – PMN, registrou Osni Minotto como candidato a vice-governador, mas a candidatura foi indeferida e agora o nome para vice é Marcos Antonio Santos, do mesmo partido.

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A proposta de governo da candidata tem 16 páginas. Com relação ao agro, as ideias estão no item: “AGRICULTURA”

“Reconhecendo a vocação natural de nosso estado, a candidata Solange Ferreira Bueno assume o compromisso de realizar sua gestão priorizando os anseios da agricultura do estado no que for essencial para que este importante setor seja ouvido e contemplado com as ações necessárias para que o Paraná continue avançando como potência na agricultura e na agroindústria. Através do Conselho Participativo de Política de Investimento, os segmentos desta área serão ouvidos e suas reivindicações serão encaminhadas para que sejam implementadas as ações consideradas estratégicas para o fortalecimento das cooperativas, agricultores, e empresas do setor. Dessa forma, a Agricultura terá no Governo do Estado um parceiro pronto para incentivar e viabilizar as demandas do setor.”

“Agricultura Familiar e Produção de Orgânicos Segurança Alimentar: O fim da fome no Paraná. Segmento que é o responsável pela produção de 80 por cento dos alimentos que chegam à mesa das famílias brasileiras irá merecer atenção especial no “Plano de Governo O Paraná do Amanhã, Agora!”. Será criado o Programa Paraná Orgânico, com linha de crédito para investimentos em tecnologia, barracões e treinamento e capacitação operacional. Com a elevação da produção de alimentos da agricultura familiar, serão criados 400 restaurantes populares, com pelo menos uma unidade em cada município. A merenda escolar será mantida em feriados e meses de férias escolares”

A proposta completa de governo pode ser conferida AQUI.

VIVI MOTTA

A candidata Viviane Motta Dias Neves, registrou o nome como Vivi Motta. Ela é do PCB (Partido Comunista Brasileiro) e tem como candidato a vice-governador Diego Valdez, do mesmo partido.

A proposta de governo da candidata tem 100 páginas e a agricultura está presente no tópico 14 “Luta Ambiental e Reforma Agrária”. Ela afirma o compromisso de “promover a estadualização e a planificação da produção de alimentos e demais insumos de primeira necessidade. Criação de uma nova política agrícola, ecologicamente sustentável, com incentivo à produção de alimentos saudáveis, livres de transgênicos e agrotóxicos a serem disponibilizados a preços mínimos para a população. Avançar na democratização da posse da terra e garantia de sua propriedade pelos trabalhadores através do incentivo à constituição de grandes cooperativas agropecuárias visando racionalizar o sistema produtivo e ampliar a oferta de alimentos básicos.  Construção de empresas públicas para a produção de vacinas e insumos para a agricultura e agropecuária, com vistas ao atendimento da demanda do estado”.

A proposta também prevê “ampliação e reorganização popular da pesquisa e das políticas de extensão, educação e assistência permanentes, realizadas pelas universidades estaduais e federais no estado, com o objetivo de atender as necessidades das/os produtoras/es e de incentivar a produção científica popular; fortalecimento dos órgãos de abastecimento alimentar e dos estoques reguladores, visando a garantia da segurança alimentar da população. Incentivo para que a produção no campo seja reorientada conforme a perspectiva agroecológica e agroflorestal, recompondo espécies nativas, preservando os solos, as nascentes de água, os lençóis freáticos e prezando pela soberania e segurança alimentar no estado. Promoção do intercâmbio entre produtores do campo que utilizem sistemas agroflorestais, como troca de experiências e estabelecimento de feiras permanentes de trocas de semestes crioulas em todo o estado; incentivo ao desenvolvimento de sistemas de integração lavoura-pecuáriafloresta e Pastoreio Racional. Revisão da lista de agrotóxicos aptos para comércio e uso no Paraná, com o objetivo de se abolir, em longo prazo, o uso de agrotóxicos no estado e criação e ampliação de bancos de sementes crioulas em cada microrregião geográfica”.

A proposta completa você pode conferir AQUI.

(Débora Damasceno/Sou Agro – com dados do TSE)

(Foto: Sou Agro)

(Débora Damasceno/Sou Agro)