Estudo mostra como lidar com pragas em cultivo de acerola

Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino

Estudo mostra como lidar com pragas em cultivo de acerola. Saber lidar com pragas e doenças é um diferencial para quem produz.

Ao identificar as características físicas, comportamentais e reprodutivas de agentes patológicos agrícolas, a Embrapa Agroindústria Tropical promove a disseminação de conhecimentos e tecnologias necessárias para o fortalecimento da agricultura.

 

Foi publicado um estudo que fala sobre o controle da mosca-das-frutas no cultivo de acerola. Ela é uma praga nativa das Américas e que se estabeleceu em regiões do Mediterrâneo, África, Oriente Médio, América Latina e Austrália Ocidental. Atualmente, a espécie se apresenta em 94 espécies hospedeiras em 27 famílias, é amplamente distribuída no Brasil e presente em todos os estados do Nordeste.

No cultivo de acerola, identificar quais espécies de inimigos naturais estão associadas às moscas-das-frutas pode auxiliar na tomada de decisão, pois o produtor pode utilizar, por exemplo, o controle biológico conservativo como ferramenta de manejo. Da mesma forma, investigações mais detalhadas sobre como se comporta o padrão de infestação de moscas-das-frutas em acerola são necessárias para um manejo mais eficiente desses insetos.

 

A partir disso, a pesquisa objetivou apresentar uma avaliação da distribuição espacial da praga em duas variedades de acerola.

Os pesquisadores apontam as principais características comportamentais da praga e indicam as consequências de sua incidência às plantas. As larvas dessas moscas alimentam-se da polpa dos frutos, tornando-os impróprios para o consumo ou para a industrialização, causando prejuízos econômicos significativos. No Brasil, a doença pode causar uma redução de até 50% na produção de citros.

 

Diante disso, o manejo de moscas-das frutas se baseia na integração de vários métodos de controle, uma vez que são pragas-chave que têm como características a alta taxa de fecundidade, alta capacidade de dispersão dos adultos e facilidade de colonização em diferentes hospedeiros e condições ecológicas.

O principal método de controle é o químico, pela aplicação de inseticidas sintéticos na forma de isca tóxica ou pela aplicação em cobertura. No entanto, a pesquisa salienta que as regulamentações fitossanitárias impostas pelos importadores e as restrições quarentenárias em países que não apresentam a praga em seu território têm dificultado a exportação de frutas. Assim, surge a necessidade de diversificar as alternativas de manejo desses insetos e aperfeiçoar a forma como esse manejo é conduzido.

(Tatiane Bertolino/Sou Agro – com Embrapa)

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

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