Chuva perde força, mas alerta se mantém no PR; prejuízos nas lavouras ainda serão contabilizados
#souagro| Os alagamentos e deslizamentos de terras causados pela chuva acima da média no Paraná, continuam preocupando. Mesmo com a chuva perdendo força nesta quinta-feira (13), o alerta permanece.
No Sudoeste por exemplo, onde a situação é mais crítica, a intensidade das chuvas provocou áreas de alagamento e deslizamento de terras que dificultaram o trabalho das equipes, especialmente na área rural. As equipes da Copel continuam a trabalhar para restabelecer o fornecimento de energia de todos os consumidores que ficaram sem luz devido ao forte temporal.
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PERDAS NAS LAVOURAS
Além da destruição urbana, a área rural também foi muito afetada pelo excesso de chuva e os prejuízos ainda devem ser contabilizados. Mas no Oeste do Paraná por exemplo, estimativas apontam que as perdas nas lavouras de trigo segundo o Deral (Departamento de Economia Rural da Cidade), mais 50% do trigo está inadequado com relação à qualidade.
Segundo o presidente do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Orso, que também é produtor rural, a expectativa era muito boa para a safra de trigo deste ano, com o aumento da área, aumento de produtividade. Só que não é isso que acontece, por conta do tempo. “Do que foi colhido, apenas os primeiros 20% tiveram qualidade boa e produtividade razoável. Com a chuva, continuamos perdendo isso. Na região de Cascavel, 80% estão colhidos já e os municípios do entorno estão com 40% a 50%”, afirma.
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PRÓXIMOS DIAS
O Simepar, informa que as chuvas perderam força e foram bem menos intensas do que no começo da semana. De acordo com o instituto, choveu 1,6 mm em Clevelândia, 0,8 mm em Pato Branco, 0,6 mm em Dois Vizinhos, 0,4 em Marechal Cândido Rondon, 0,4 mm em Planalto e a estação de Francisco Beltrão não registrou precipitação, diferente dos mais de 200 mm acumulados de segunda e terça.
VEJA O VÍDEO:
Nesta quinta-feira, o fluxo de umidade em direção ao Paraná, mantém a instabilidade elevada. Chuvas continuam sendo esperadas sobre todas as regiões paranaenses, podendo vir acompanhadas de descargas atmosféricas. Há condições para o desenvolvimento de temporais, especialmente no interior do Estado. Sensação de tempo abafado também se mantém. Os acumulados de chuva ainda devem ser significativos, principalmente entre o oeste, sudoeste e o centro-sul.
Para sexta-feira, o cenário ainda será de bastante instabilidade, pois o ingresso de umidade desde o Norte do Brasil até o Paraná segue induzindo a formação de nuvens de chuva, com acumulados de precipitação que ainda podem ser significativos. Além disso, há condições favoráveis ao desenvolvimento de temporais, especialmente no interior do Estado. Sensação de tempo abafado persiste.
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SITUAÇÃO ATUAL
Segundo o último boletim, no Sudoeste e Oeste, a Copel e a Sanepar restabeleceram as conexões de luz e água em praticamente todas as casas atingidas pelos temporais e enxurradas. Na manhã desta quinta, apenas 409 unidades consumidoras permanecem sem energia no Oeste e Sudoeste do Estado – as regiões mais afetadas pelo temporal.
Além do temporal, a companhia trabalha para restabelecer o fornecimento de energia de casas afetadas por chuvas localizadas em outras regiões do Estado. No momento, há 539 ocorrências em atendimento em todo o Paraná.
O novo boletim de ocorrências da Defesa Civil sobre as chuvas nas duas regiões, publicado às 6h45 desta quinta-feira (13), aponta que subiu para 4,5 mil o número de pessoas atingidas diretamente pelos alagamentos. Até o momento, segundo a Defesa Civil, são 4.567 pessoas diretamente afetadas, 155 casas ainda danificadas e 1.285 desalojados. Das duas crianças que estavam desaparecidas, o corpo de uma delas de 7 anos foi encontrado na manhã desta quinta, as buscas continuam para encontrar a outra criança que desapareceu em Pato Branco após o carro em que estavam ser levado por uma corrente de água. Não há registros de mortos e feridos. Equipes da Defesa Civil e dos Bombeiros já enviaram ajuda humanitária (colchões e kits de higiene) para a região e trabalham ao lado das prefeituras para minimizar os impactos para a população.
(Débora Damasceno/Sou Agro com AEN)
(Foto: AEN)