Caracóis e lesmas atacam soja em propriedade afetada pela chuva no PR
O excesso de umidade fez com que a propriedade do Jones Gottardi, em Tupãssi, região Oeste do Paraná, fosse invadida por caracóis e lesmas. Ele percebeu que a planta que estava com 4 a 5 dias de nascida no campo estava com ataque severo das pragas.
Tudo isso por conta das chuvas que assolaram a região nos últimos dias. “Temos uma área de 24 alqueires e comecei a perceber a presença de lesmas e caracóis. Isso ocorre por conta da presença de matéria orgânica e condição de umidade muito grande, que foi o que ocorreu a partir da chuva”, afirma.
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Ele já teve problemas com essas pragas em outra safra: a de 2016. “Perdemos cerca de 5 alqueires de produção por conta disso”, conta.
Veja as fotos:
Com a soja bem nova, as pragas podem cortar as plantas ou não permitir que elas desfolhem, comendo uma parte da soja. Para o controle dos parasitas, foi usada isca à base de fosfato férrico. Único produto liberado para uso agrícola, segundo o engenheiro agrônomo que acompanha a propriedade, Gabriel José Zimmermann. “As chuvas frequentes vem favorecendo a ocorrência de caracol em áreas de soja, em situação de lavoura com alta cobertura de restos culturas e em muitas vezes costeiras à mata nativa. Isso acaba criando um ambiente favorável à instalação, à sobrevivência e à reprodução destas pragas”, explica.
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Em alguns casos, o produto de controle precisa ser aplicado mais de uma vez, dependendo da quantidade de insetos. “É um tipo de praga que está começando aparecer bastante no Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso, bem mais do que no Paraná”, alerta.
Confira o vídeo AQUI.
Outra preocupação é que esses caracóis têm facilidade em se reproduzir. “É por que eles são hermafroditas e um deles pode colocar 200 ovos. Um caracol pode resultar, em um ano, em 40 mil outros. Também em um ano, essa praga pode ter de 3 a 5 gerações, dependendo da condição climática”, explica.
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A umidade favorece o desenvolvimento da praga e o produto usado na propriedade em Tupãssi mata os insetos por que eles ingerem o produto e param de se alimentar. A morte ocorre de 2 a 6 dias depois da ingestão, nos esconderijos.
Fotos; Jones Gottardi