Avança processo da obra que vai centralizar descarga ferroviária de grãos no PR
Avança obra que prevê centralização da descarga ferroviária de grãos no Paraná. A Comissão Permanente de Licitação abriu os envelopes do certame do projeto Cais Leste do Porto de Paranaguá, conhecido como “Moegão”.
Um consórcio, formado por três empresas de engenharia arrematou o edital. A proposta vencedora foi de R$ 592,7 milhões para elaboração do projeto executivo e execução da obra. Também foi aberto o envelope contendo a documentação técnica exigida pelo edital (cerca de 1.500 páginas).
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A partir de agora começa o período para análise do material e prazos de recursos. Somente após esses intervalos e a homologação dos resultados é que serão divulgadas as empresas participantes, segundo a Comissão.
Com a sessão desta quarta-feira, a Portos do Paraná cumpre mais uma etapa para o desenvolvimento do projeto executivo e realização da obra, que prevê a centralização da descarga ferroviária de grãos e farelos em uma moega exclusiva no Corredor Leste de Exportação do Porto de Paranaguá.
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“Depois de quase dois anos de preparação e projeto básico, a gente chega à primeira fase da etapa externa que é essa, de apresentação das proponentes e seus preços”, comentou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, que também acompanhou a sessão.
O consórcio, segundo Garcia, reúne grandes empresas e apresentou uma proposta interessante, que será analisada antes de seguir para a segunda etapa, de habilitação. “Estando tudo de acordo com a documentação, a expectativa é que, muito em breve, tenhamos condição de assinar o contrato, para enfim, dar início à obra tão importante para o complexo portuário do Paraná”, destacou o gestor.
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Além da moega exclusiva para cargas que chegam pela ferrovia, a proposta abrange, também, a reestruturação dos acessos dos Terminais da Região Leste do Porto de Paranaguá, otimizando a capacidade de recepção de cargas em ambos os modais rodoviário e ferroviário.
“É uma obra que muda o conceito de operação ferroviária no Porto de Paranaguá. Talvez, a maior obra da história dos portos do Paraná”, disse Garcia.
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O que será feito
Nesta contratação ocorrerá a obra da fase 1:
- – Moega ferroviária composta por três linhas de recebimento de grãos com capacidade para descarga simultânea de três vagões cada;
- – 1,7 km de galerias para transportadores de correia;
- – 4,8 km de correias transportadoras totalmente enclausuradas com capacidade de projeto de 2000 t/h (correias de 54”), para transporte do produto descarregado na Moega Ferroviária diretamente nos terminais logísticos da área portuária;
- – O sistema de descarga ferroviária será concentrado em uma moega ferroviária exclusiva e o escoamento se dará por correias transportadoras totalmente enclausuradas, de forma a não permitir emissões de material particulado para a atmosfera.
Características:
- – Capacidade para 180 vagões simultâneos;
- – três linhas independentes;
- – 11 terminais interligados;
- – Expectativa de + 24 milhões de toneladas de grãos e farelos/ano;
- – 900 vagões/dia (300 vagões em cada uma das três linhas);
- – 60 vagões por lote, a cada 3,5 horas;
- – 15 composições diárias (com 60 vagões cada), cinco encostes diários e aumentando gradativamente ao longo de dez anos;
- – Vagões passarão de 65 t para 80 t.
Benefícios
- – Mais organização no trânsito e no fluxo dos modais;
- – Redução do ruído da buzina dos trens;
- – um navio de grão = 1.200 vagões x 1.800 caminhões;
- – Custo 30% menor e 73% menos CO2 na atmosfera;
- – Redução de 16 para cinco interferências rodoferroviárias.
(Tatiane Bertolino/Sou Agro – com Aen)