PECUÁRIA

Após um ano de restrição, Rússia volta a comprar carne bovina brasileira

Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| Em Setembro do ano passado, a Rússia restringiu a compra de carne bovina de alguns frigoríficos do Mato Grosso e Minas Gerais, a decisão veio depois que dois casos atípicos da doença da “vaca louca foram detectados no país, segundo o órgão regulador agrícola russo. Na ocasião, a Rússia suspendeu as importações de carne bovina vindas de animais acima de 30 meses de idade.

Pois bem, pouco mais de um ano depois, A Rússia suspendeu essas restrições e confirmou a retomada de compra da carne dos dois estados brasileiros. A confirmação foi feita pelo Serviço Federal de Vigilância Sanitária e Fitossanitária (Rosselkhoznadzor) do Ministério da Agricultura russo: “em conexão com a melhora no território brasileiro da situação epizoótica da encefalopatia espongiforme bovina, a partir de 21 de setembro de 2022, são canceladas as restrições temporárias anteriormente introduzidas.”

 

Segundo a Acrimat (Associação dos Criadores de Mato Grosso), a decisão da Rússia de suspender as restrições que mantinha, desde setembro do ano passado, sobre as exportações de carne bovina de frigoríficos de Mato Grosso, comprova a qualidade da carne mato-grossense e é um reconhecimento da sanidade do rebanho do estado.

Para o diretor-técnico da Acrimat, o médico veterinário Francisco Manzi, a decisão, ainda que demorada, atesta o que já havia se informado há um ano: de que não há nenhum risco de contaminação da doença da vaca louca e que Mato Grosso é um estado que preza pelas excelentes condições sanitárias dos animais.

 

“Em setembro do ano passado, nós tivemos dois casos de vaca louca atípica. Tanto a China, quanto a Rússia, fizeram um bloqueio das importações de carne. Cem dias depois a China retomou as compras e a Rússia manteve seus embargos, quando só aceitava animais de até 30 meses de idade. Agora, o país retorna comprando inclusive animais vivos e vísceras desses animais”, explicou.

“Outros países como o Irã, Egito e Arábia Saudita, que tinham algum tipo de sanção, agora suspenderam. Isso nada mais é do que um reconhecimento da sanidade e qualidade do nosso rebanho”, concluiu Francisco Manzi.

(Débora Damasceno/Sou Agro  com dados da Acrimat)

(Foto: Envato)

(Débora Damasceno/Sou Agro)