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Anvisa proíbe venda de macarrão que pode estar contaminado com substância que matou animais
#souagro| A mesma substância encontrada em petiscos que causou intoxicação e a morte de mais de 40 animais de estimação foi encontrada em massas alimentícias da marca Keishi, fabricadas pela BBBR Indústria e Comércio de Macarrão. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu nesta quinta-feira (22) a comercialização, a distribuição e o uso das massas.
De acordo com a agência, após uma inspeção feita em São Paulo, fiscais sanitários descobriram que as massas fabricadas entre 25 de julho e 24 de agosto deste ano podem conter propilenoglicol contaminado com etilenoglicol, mesma substância encontrada nos petiscos.
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“A Anvisa realizou inspeção na BBBR Indústria e Comércio de Macarrão Ltda. e verificou que essa empresa adquiriu e usou o insumo contaminado como ingrediente na linha de produção de suas massas”, informou a agência.
A Keishi é responsável pela produção e comércio de vários tipos de massas de estilo oriental, tais como udon, yakisoba, lamen, além de massas de salgados, como gyoza. Os produtos são vendidos também na forma de massas congeladas.
O que fazer
Segundo determinação da Anvisa, empresas que tenham as massas da marca Keishi não devem comercializar nem utilizar. Consumidores que tenham comprado algum desses produtos também não devem consumir. Nos dois casos, é preciso entrar em contato com a empresa, para devolução dos alimentos.
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Se o consumidor não encontrar a data de fabricação no rótulo do produto, ele deve entrar em contato com a empresa, para confirmar sua fabricação. Se não houver certeza a respeito dessa informação, a recomendação é que não se consuma o produto.
Etilenoglicol
O etilenoglicol é um solvente orgânico altamente tóxico que causa insuficiência renal e hepática quando ingerido, podendo levar à morte. Não há autorização para o uso dessa substância em nenhum tipo de alimento.
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Propilenoglicol
Já o aditivo alimentar propilenoglicol é autorizado para alguns alimentos. Porém, segundo a Anvisa, seu uso não é permitido na categoria de massas alimentícias. Muitas indústrias utilizam o propilenoglicol nos processos de refrigeração, em que não há contato direto com o alimento. Nesses casos, quando a substância é usada apenas no processo de refrigeração, não há risco ao consumo dos produtos das empresas que tenham adquirido o insumo contaminado.
Empresa
Até o momento, a Keishi não se manifestou sobre a decisão da Anvisa. A página de internet da companhia saiu do ar há algumas horas. Foi tentado contato com representantes da empresa para conseguir um posicionamento.
(Débora Damasceno/Sou Agro com Agência Brasil)
(Foto ilustrativa: Envato)