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Confira o grande leilão da Raça Brangus CR&F

Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino
#souagro|  O 3º Leilão Brangus CR&F – Genética com tecnologia embarcada é realizado neste sábado (16), em modelo híbrido, a partir das 14h. Os animais estão expostos no Parque de Exposições Celso Garcia Cid. Para o certame, estão disponíveis 30 touros e 25 matrizes da marca. Os animais selecionados para o leilão contam com avaliações genômicas do Programa Natura (Desmama, Sobreano e Carcaça); genotipagem; ultrassonografia de carcaça; identificação genômica de pelagens pretas (Homozigoto, Selvagem e Heterozigoto); identificação genômica para Mocho Laudo de Comprovação de Paternidade para os animais do afixo BRANGUS CR&F; registros definitivos e provisórios emitidos pela Associação Brasileira de Brangus (ABB); exames clínicos e laboratoriais; vacinas contra IBR/BVD, Leptospirose, Clostridioses e controle de endo e ectoparasitas; entre outros. Confira a transmissão ao vivo: https://youtu.be/Ah2PLaPCeeU   Sobre a raça O projeto Brangus CR&F começou em 2017 com o registro dos primeiros animais. Mas o planejamento vem de décadas, pelo menos 40 anos, a partir da identificação da necessidade de melhoramento genético de touros melhoradores. “É uma raça que está em grande crescimento, tanto em touros para repasse, formação de plantel e também inseminação. Nos últimos três anos, o consumo de sémen bovino aumentou 138%. Um salto enorme para a raça e para a pecuária também já que, com isso, vem o melhoramento genético dentro dos rebanhos comerciais”, explica o sócio-proprietário da fazenda, Cassiano Camargo. Os animais são criados em Medianeira e depois do desmame, eles são encaminhados a uma propriedade em Céu Azul, que é uma região montanhosa, para ganhar força. “As áreas da pecuária no Estado foram reduzidas e sobraram as piores para esta atividade, que são as áreas de morro e de pedra onde plantadeiras e colheitadeiras não chegam. Neste caso, os animais precisam subir e descer o morro para se alimentar. Isso faz com que eles se exercitem, aumentem a capacidade respiratória, desenvolvam a musculatura e fiquem com o casco mais rígido. Ou seja, o animal sai preparado dali”. Para controle de qualidade, Cassiano explica que todo animal tem DNA testado. “Todos os animais são avaliados no Programa Natura, todos genotipados e com teste de paternidade e de maternidade. Isso é necessário porque nem sempre o que está no registro do animal é aquilo que está no sangue e, por isso, fazemos os testes para dar confiabilidade de que o produto que estamos vendendo é de qualidade”.   Sobre o Programa Natura O Programa Natura teve origem em 1986, com objetivo de produção de um animal cruzado, envolvendo a raça Angus em cruzamento com as raças Zebuínas. O animal produzido a partir daí é fruto de uma seleção criteriosa, precisa e exigente e que combinava a adaptação do Zebu e a qualidade da carne, fertilidade e habilidade materna do Angus. “A base inicial do Programa Natura tinha os rebanhos de Angus no Sul do país e os rebanhos Zebuínos no Centro-Norte do país. Após alguns anos de cruzamento entre o Angus e as raças Zebuínas, formou-se também uma base de animais cruzados com predomínio de sangue Angus nos rebanhos no Sul do país e com predomínio de sangue Zebu nos rebanhos no Centro-Norte do país. Hoje o Programa Natura avalia animais desde a raça Angus até a raça Nelore, passando por todos os cruzamentos, principalmente o Brangus”, explica Mário Picolli, que é sócio-proprietário da Gensys e técnico responsável pelo Programa Natura. A estrutura populacional do Programa Natura, hoje Programa Genômico Natura, é formada por aproximadamente 100 fazendas no Brasil, 20 fazendas no Paraguai e 10 fazendas na Bolívia. (Tatiane Bertolino/Sou Agro)

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)