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“Vamos ter crédito disponível na primeira quinzena de julho”, diz Ministério da Economia sobre Plano Safra

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Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| O Plano Safra 2022/23 é uma grande espera do agronegócio, afinal vigência do plano atual, termina no dia 30 deste mês e os produtores rurais aguardam ansiosos pela liberação dos valores. O valor exato da liberação que será feita nesta quarta-feira (29) ainda não se sabe, mas a espera é de que o recurso consiga suprir boa parte da demanda do setor.

O Governo Federal promete que esse novo plano será robusto. Com todas as instabilidades do mundo financeiro mundial e os efeitos climáticos enfrentados pelo setor agropecuário, o crédito para o setor rural é fundamental para o planejamento da produção.

 

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"Vamos ter crédito disponível na primeira quinzena de julho", diz Ministério da Economia

 

 

“Todos sabem que o setor agro que é o único setor que o Brasil tem capacidade competitiva, relevante no mundo, sofreu revezes importantes no último ano. Uma estiagem prolongada, combinada com geadas que provocaram perdas enormes. Nós estamos com apetite e é preciso que continuemos evoluindo na produção, nos ganhos de eficiência, nos ganhos de produtividade, etc. E pra isso é preciso certa agressividade naquilo que se vai divulgar com o Plano Safra”, disse o secretário de agricultura do Paraná, Norberto Ortigara.

“O Plano Safra esse ano tem uma importância muito grande porque ele vai vim justamente pra fornecer crédito a esses produtores né? Pra que ele possa manter o mínimo da produção que o produtor fez na safra anterior. Então precisamos realmente do Plano Safra robusto para garantir a segurança alimentar inicialmente do Brasil e de certa forma contribuir pra amenizar os impactos no mundo”, detalhou Bruno Lucchi, Diretor técnico da CNA.

 

Os recentes aumentos da taxa Selic, que são uma grande preocupação, devem refletir na equalização da taxa de juros do novo plano: “Quanto mais alta a taxa de juros, mais difícil é fazer a equalização render, porque a gente tem que aumentar a equalização pra fazer o mesmo volume de crédito. Mas esses aumentos da taxa Selic já estavam mais ou menos previstos pelo mercado e quando ele é previsto pelo mercado, ele entra na nossa grade de parâmetros. Então esse plano safra que está saindo já está computando essa variação pra cima da taxa Selic”, explica Rogério Boueri, chefe da Assessoria Especial de Estudos Econômicos do Ministério da Economia.

Só que essa grande expectativa às vésperas do início do novo Plano Safra gera preocupação com o planejamento do produtor rural: “Porque como a gente sabe o produtor e a produtora precisa se planejar com antecipação. E essa expectativa que a gente está, das informações que vão vim na quarta-feira deixa todo mundo muito apreensivo porque vai atrasar o planejamento e mesmo assim, a gente não sabe o que vai vir, se vai resolver ou não os problemas que a gente vai ter aí no financiamento do produtor rural”, explica a advogada Ticiane Figueiredo.

 

GARANTIA DE CRÉDITO PARA JULHO

O Ministério da Economia garante que o agricultor terá crédito disponível ainda na primeira quinzena de julho.

“Uma vez lançado o Plano Safra tem alguns dias deley  pra dar tempo do tesouro mandar os ofícios para as instituições financeiras e a partir do dia 29 quando ele é anunciado as instituições financeiras já colocam os novos parâmetros do Plano Safra nos seus sistemas de crédito. Então eu imagino que nós vamos ter o entrar uma semana no máximo duas semanas em julho, mas vamos ter crédito disponível ainda na primeira quinzena de julho com a nova safra”, Rogério Boueri, chefe da Assessoria Especial de Estudos Econômicos do Ministério da Economia.

 

A sustentabilidade também deve ser destaque no novo Plano Safra.

“Nós vamos ter novidades especialmente da área de biometano, na área de sustentação ambiental vai sair muito forte o Plano Safra  nesse ponto porque nós temos que mostrar pro mundo do que a agricultura e a pecuária brasileira são capazes nessaárea.

CRÉDITO RURAL

Depois que o novo Plano Safra for lançado, as atenções devem se voltar ao Seguro Rural.

“Não sei se vai ser possível. Nós estamos com um orçamento apertado, teto de gasto batendo. Mas vamos explorar as oportunidade porque nós sabemos que o seguro rural é muito importante”, finalizou Rogério.

“O agro devolve em curto prazo esses recursos e é preciso que por decisão política continuemos fortalecendo essa nossa capacidade de termos condições de abastecer o Brasil e muito mais do que isso, fornecer alimentos ao mundo que precisa cada vez mais da nossa força”, finalizou Ortigara.

(Débora Damasceno/Sou Agro com Terra Viva)

(Foto: Envato)

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)