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Nem todas as lavouras saíram ilesas da geada

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| O alerta de geada tirou o sono dos produtores na semana passada. Todos os dias, o frio intenso apontava para a ocorrência do fenômeno que ameaçava as lavouras. Realmente geou em várias regiões do Brasil, inclusive em áreas com produções agrícolas, mas a intensidade foi bem menor. É que nos dias mais gelados, o céu estava nublado, o que salvou as plantações. Já nos dias em que o céu estava limpo, o frio não foi tão forte.

Para alegria dos produtores, a onda de frio não causou grandes prejuízos, mas isso não significa que todas as lavouras saíram ilesas. Em algumas propriedades, os agricultores tiveram perdas sim por conta da geada, claro que em uma escala muito menor.

No interior de Cascavel, Oeste do Paraná, por exemplo, a família Gobbi, teve parte da lavoura de milho afetada por conta do frio intenso, mas não é possível fazer uma estimativa exata do que foi perdido: “Hoje a gente trabalha com uma área de 300 alqueires, eu calculo que dentro desses alqueires cerca de uns 120, são áreas que tem algum pedaço que é mais baixo onde teve as manchas de geada. Essa geada ela não foi forte graças a Deus. Ela queimou somente as folhas assim, boa parte das folhas superiores, mas não acabou afetando nada assim estrutural da planta. Então é difícil estimar o que vai perder, eu coloquei uns 6, 7% mais ou menos.  Eu acredito que ela possa, perder peso, mas é muito difícil saber quanto que vai impactar na produção”, detalha Ricardo Gobbi, produtor rural.

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O fenômeno atingiu a plantação que estava mais nas baixadas da propriedade. Mesmo assim, o prejuízo não foi tão significativo comparado ao temor que os produtores tinham. Mesmo com a ocorrência da geada, a expectativa é positiva em relação a safra: “Eu acho que mesmo assim vai ser uma produção boa, se nada der errado até a colheita, mas é difícil estimar. Porque vai depender também do estágio que está o milho. Se for um milho que foi plantado mais tarde, tudo isso tem interferência. Mas que há perda sim, com certeza onde pega geada tem perda. Eu acredito que perda de peso, mas a perda vai ser baixa. Ainda bem”, afirma Ricardo.

 

LEVANTAMENTO DAS PERDAS

Na última sexta-feira (20), a geada ocorreu em algumas regiões de produção da segunda safra de feijão e milho, o que pode gerar perdas, como nós mostramos aqui no Sou Agro. O fenômeno foi nas regiões produtoras do Sudoeste e Centro do Paraná.

No extremo oeste do estado paranaense (na região lindeira do Lago de Itaipu), as geadas foram pontuais e mais fracas, não provocando danos significativos no cultivo. Já no sul de Minas Gerais, houve relatos de ocorrência de geadas em lavouras de café de forma bem mais leve que em 2021.

 

Por conta das geadas nessas regiões, nos próximos dias, os técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) irão fazer um levantamento dos possíveis impactos causados nas lavouras para saber se o fenômeno causou prejuízos nas produções.

(Débora Damasceno/Sou Agro)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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