AGRICULTURA
Sorgo é alternativa para silagem
Produtores de leite de Iretama, assistidos pelo IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná- IAPAR/EMATER) estão investindo no cultivo do sorgo forrageiro para silagem safrinha. A cultura é mais tolerante a períodos secos e exige menor investimento durante sua implantação quando comparada às culturas tradicionais.
A cultura de sorgo tem sido utilizada para fazer silagem, principalmente por sua facilidade de cultivo, altos rendimentos, tolerância à seca e capacidade de explorar grande volume de solo. De acordo com o extensionista Jorge André, do IDR-Paraná de Iretama, a planta também apresenta raízes abundantes e profundas e permite cultivar a rebrota. "Isso é possível quando a cultura é submetida a manejo adequado e, especialmente, pela qualidade da silagem produzida, sem uso de aditivo para estimular a fermentação", afirmou André.
O sorgo é uma planta de porte alto, acima de 2,70 metros de altura, o que confere a essas cultivares um alto potencial de produção de massa verde. A produção de massa verde dos híbridos pode variar de 50 a 70 t/ha no primeiro corte, colhendo-se de 30% a 70% desse volume no segundo corte, dependendo da temperatura, da disponibilidade de água, da fertilidade do solo e da adubação.
Segundo Jorge André, a maior vantagem do sorgo forrageiro tradicional é o baixo custo da silagem produzida. "Em geral, os sorgos forrageiros de porte alto comercializados no Brasil apresentam colmos suculentos, com alto teor de açúcares, pois são derivados de materiais genéticos chamados de sorgo sacarino. Ao utilizar essas cultivares, o produtor deve atentar para o fato de, na colheita as plantas apresentarem 30% de matéria seca, aproximadamente, para evitar a perda de nutrientes por lixiviação (umidade escorrendo no fundo do silo), para obter bom padrão de fermentação e, consequentemente, obter uma silagem de boa qualidade", ressaltou o extensionista.
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