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Planta serve como armadilha para o mosquito da dengue

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela
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#souagro |Mesmo com a população em alerta para a Covid-19, o Estado do Paraná ainda registra aumento de casos de outra doença: a dengue. Em Cascavel, por exemplo, os casos não param de aumentar. O boletim mais recente aponta para 758 casos confirmados. Esses números são relativos ao ano epidemiológico, iniciado em agosto do ano passado. Além disso, foram notificados 2.984 casos suspeitos. Os bairros com maiores índices de infestação são Coqueiral, Cascavel Velho, Parque Verde e centro.

Para combater o mosquito transmissor da doença, uma planta usada pela agricultura para adubo do solo e fixação de nitrogênio é agora estudada para servir de combate ao Aedes aegypti. Trata-se da espécie de plantas Crotalária, utilizada principalmente em canaviais como o chamado adubo verde.

À frente deste estudo, a estudante de Ciências Biológicas do Câmpus Santa Helena, Barbara Clara Schneider, com orientação das professoras Denise Lange e Adriana Maria Meneghetti. O projeto teve início em 2016, quando a crotalária foi distribuída no município de Missal, região Oeste do Paraná e vizinho à Santa Helena.

De acordo com as pesquisadoras, o combate se dá de forma indireta já que plantas do gênero Crotalária, mais especificamente Crotalaria spectabilis, podem atrair inúmeros insetos e outros artrópodes que servem de alimento para libélulas, umas das principais predadoras de adultos e de larvas de Aedes.

 

 

“Havia essa dúvida: será que ela é eficaz nisso? Ela atrai uma grande quantidade de artrópodes e, como a libélula é uma predadora, estará buscando a crotalária por causa dessa grande quantidade?”. Essas eram as perguntas da aluna Barbara que a motivaram a realizar os estudos. “Tendo maior quantidade de alimento, as libélulas poderiam aumentar suas populações, aumentando assim as chances de predar os mosquitos”, afirma a pesquisadora.

O estudo da acadêmica é o primeiro a analisar esta espécie para isso e pode auxiliar prefeituras e órgãos públicos a incentivar o plantio de crotalárias nas áreas urbanas.

A Prefeitura de Missal, por exemplo, autorizou a estudante a realizar a pesquisa em duas áreas próximas ao Lago Municipal da cidade. Quase 15 mil artrópodes foram registrados forrageando sobre Crotalaria spectabilis, com registro de libélulas e sem a presença do mosquito Aedes.

(Vandré Dubiela/Sou Agro)

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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