ESPECIAIS
Como transformar o Paraná em supermercado para o mundo
A transformação de matéria-prima em proteína animal com maior valor agregado, que possa aumentar ainda mais a liderança paranaense no setor, está sendo discutida na Feira da Indústria Latino-Americana de Aves, Suínos, Peixes e Leite (AveSui América Latina 2022), que começou terça-feira (26) e se estende até quinta (28), em Medianeira, no Oeste do Paraná.
Com foco em negócios, a feira integra produtores, agroindustriais e investidores com centenas de empresas de tecnologia voltadas a essa cadeia.
- Frutas e legumes estão mais baratos, saiba o motivo
- Brasil ganha espaço no Canadá para exportação de aves e suínos
“Que bom que estamos transformando as coisas, aquilo que ia barato para o mundo agora está indo na forma de alguma proteína agregada”, ressaltou o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, que participou da abertura do evento. “Nós precisamos sim nos transformar em supermercado para o mundo, mandar as coisas prontinhas para todo mundo comer”.
Segundo ele, questões políticas e geopolíticas que se seguiram à pandemia estão abrindo uma oportunidade para o Brasil. “Precisamos aproveitar para fincar com competência e capacidade a bandeira brasileira no mercado mundial de comida, que cresce com mais bocas e mais renda”, disse.
Ortigara destacou que a agropecuária brasileira é o segmento com maior capacidade de competitividade no Exterior. “Se somos bons nisso, temos de ter oferta regular, tamanho, qualidade, sanidade, preço competitivo e estratégia comercial adequada para estabelecer relações duradouras com os compradores”, acrescentou.
- Conheça as pragas que mais oferecem risco para a agricultura
- Mulheres ganham cada vez mais espaço no agronegócio
Diante de presidentes e diretores de várias cooperativas paranaenses e de outros estados, o secretário salientou que, apesar da pandemia, das dificuldades de logística, da inflação alta e de diversos fatores climáticos adversos, o Brasil produziu 27,7 milhões de toneladas de proteínas animais em 2021.
“Em 2030, chegaremos a 34 ou 35 milhões e, nesse jogo, o Paraná é o principal produtor, puxado por frango, suínos e peixes, que crescem forte”, afirmou. “As cooperativas têm papel relevante desde a genética até o consumidor final”.