sobra

Guerra no leste europeu sobra para frango e suíno

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela
sobra

 

Vai sobrar para o frango e suíno. O setor de proteína animal demonstra preocupação com o aumento dos preços do milho, cenário desfavorável para o produtor de aves e suínos. A opinião é do presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Ricardo Santin. O milho é o principal insumo a ração utilizada para nutrir os animais. Esse é mais um impacto da guerra entre Rússia e Ucrânica, que entra em seu oitavo dia.

Em 2021, o Brasil exportou para a Rússia nove mil toneladas de carne suína, gerando uma receita de aproximadamente US$ 24 milhões. O montante correspondeu a 0,8% dos embarques de proteína animal concretizados no ano passado.

Por sua vez, os embarques de carne de frango para a Rússia totalizaram 2,8% do total exportado pelo Brasil em 2021, com perto de 106 mil toneladas e receita de US$ 167 milhões. Para Santin, não restam dúvidas de que o conflito no leste europeu certamente vai impactar na exportação de frango do Brasil para a Rússia. O ponto principal para ele será o aumento dos preços, algo irrefutável. “O grande efeito está no preço dos insumos. Já tivemos alta no milho, no farelo de soja e no trigo. E subindo o custo da ração, o valor do frango, do suíno e do ovo sobe no supermercado e na mesa dos brasileiros”.

O fluxo de embarques para a Rússia será afetado, na visão do presidente da ABPA. Em contrapartida, os produtos brasileiros chegarão ao seu destino. “A grande dificuldade está em encontrar novos navios e continuar o fluxo de comércio, já que há uma desconfiança de armadores para viajar em uma zona de guerra. Estamos atuando junto às empresas no estudo de rotas alternativas, que estão longe da área do conflito”.

(Vandré Dubiela/Sou Agro, com agências)

 

 

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

Entre em um
dos grupos!

Mais Lidas

Notícias Relacionadas