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Ações para enfrentar prejuízos da seca são debatidas na Expodireto Cotrijal

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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A estiagem enfrentada no Rio Grande do Sul foi o principal assunto abordado por autoridades na abertura oficial da 22ª Expodireto Cotrijal, nesta segunda-feira (7), em Não-Me-Toque, Rio Grande do Sul. O ato foi marcado pela presença de parlamentares estaduais e federais, além de lideranças do governo do Estado.

O presidente da Cotrijal, Nei César Manica, foi taxativo ao cobrar mais celeridade na resolução dos problemas enfrentados pelos produtores rurais. Ele destacou que, em diversas ocasiões, o poder público leva tempo demais para tomar uma decisão: “Vamos olhar para frente, modernizar as leis, decidir na Câmara e não vamos fazer reunião para marcar reunião. Vamos resolver os problemas do agro, da indústria, comércio, plantio, cadeia do leite, cadeia suína, produção animal e produção vegetal. Esse é o nosso papel. Não estamos aqui para tirar fotografia para sair no jornal”, enfatizou Manica.

As autoridades ouviram com atenção o discurso do presidente da Cotrijal e prometeram ajudar o homem do campo. O prefeito de Não-Me-Toque, Gilson Santos, lembrou que a Expodireto é o local certo para discutir os desafios do setor. “Aqui nesse palco decisões foram tomadas que mudaram o rumo do agro no país”, relatou o prefeito.

O presidente da Assembleia Legislativa, Valdeci Oliveira, listou as ações realizadas pela Casa, como a criação de uma Comissão Externa sobre a estiagem e o envio de uma comitiva pluripartidária para Brasília a fim de cobrar providências sobre a seca no Estado: “A estiagem no Rio Grande do Sul é cíclica e nós precisamos de uma política de convivência com a estiagem daqui para frente. Se não tivermos essa capacidade de compreensão, só vamos lembrar da estiagem quando ela vem. É necessário ter ela, permanentemente, como política preventiva”, disse Valdeci.

O deputado federal Pedro Westphalen, representando a Câmara dos Deputados, também defendeu a Expodireto como um palco de resolução de problemas do agro: “Aqui há o que temos de melhor em tecnologia do setor do agro e em tecnologia do setor metal mecânico. Temos aqui as universidades presentes”, ressaltou Westphalen.

O senador Luis Carlos Heinze destacou a Audiência Pública da Comissão de Agricultura do Senado, que será realizada na tarde de sexta-feira (11) na Expodireto. O parlamentar afirmou que o poder público tem dificuldade para fazer barragens, mas que busca uma solução: “Vamos apresentar projetos para que a iniciativa privada possa fazer. É preciso, meus colegas deputados federais e estaduais, acertarmos essa legislação que não permite, hoje, que o privado não possa utilizar a água de um rio”, disse Heinze.

A cerimônia de abertura foi finalizada com discurso do governador em exercício, Ranolfo Vieira Jr., que defendeu ações estruturantes para enfrentar a seca: “Infelizmente, a estiagem é uma realidade cada vez mais presente e intensa. Não é a primeira estiagem que estamos a passar. Não se pode abordar essa questão com ações pontuais. Temos que ter ações estruturantes, essa é a palavra-chave”, disse Ranolfo.

 

(Fonte: Assessoria da Expodireto Cotrijal)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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