Efeito seca: Coamo projeta receber 40% menos soja
#souagro | Tida como uma das principais cooperativas do Brasil e da América Latina, a Coamo prevê receber 40% menor de soja, ou seja, 3,6 milhões de toneladas do grão da safra 2021/22. Esse comparativo é feito com base nas estimativas iniciais, antes das perdas atribuídas à estiagem. Apesar disso, ela considera que o mercado tem reagido à quebra em virtude de os preços compensarem a redução produtiva.
Para a Agência Reuters, o presidente-executivo da Coamo, Airton Galinari, informou que a cooperativa vislumbrava receber 6 milhões de toneladas antes da seca, um volume que até então seria superior aos 5,1 milhões da safra anterior.
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Sediada em Campo Mourão a Coamo sentiu o golpe da estiagem, nos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, estados onde ela tem forte atuação. Em contrapartida, os preços das commodities podem manter a expectativa positiva em relação ao faturamento anual. Em 2021, fechou em R$ 24,7 bilhões.
A mudança nos valores da saca da soja é significativa, saltando de R$ 130 no ano passado para R$ 188, ou seja, uma alta de 40%. Ele pode até colher menos, mas o preço compensa essa defasagem de produtividade. A quebra no Brasil tem levado a China e desviar os navios para os Estados Unidos. Mas até quando os americanos vão aguentar dar esse suporte aos países? Eis a indagação.
(Vandré Dubiela/Sou Agro, com agências)