Girafas que sofriam maus-tratos são apreendidas em resort
#souagro| A Polícia Federal apreendeu 15 girafas que sofriam maus-tratos em Mangaratiba, na Costa Verde do Rio de Janeiro. Dois homens foram presos no local.
A ação aconteceu durante investigação sobre a morte de três girafas, que fazem parte de um conjunto original de 18 animais desta mesma espécie que foram importados da África do Sul.
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Na operação, os policiais federais e os analistas ambientais confirmaram que as girafas estavam sofrendo maus-tratos, por isso, os dois homens que eram responsáveis pelo cativeiro dos animais fora presos e levados para Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, onde foram autuados. As 15 girafas foram apreendidas e agora ficam sob responsabilidade do Ibama que deve fazer a supervisão e manter os cuidados com os animais.
O trabalho foi no Portobello Resort & Safari e faz parte do inquérito policial instaurado pela Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico (Delemaph) acompanhada por analistas ambientais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O que diz a defesa
Em 14 de dezembro de 2021, seis girafas derrubaram a cerca de proteção e fugiram. Elas foram recapturadas, mas três delas morreram. Em nota, o BioParque do Rio, responsável pelo resort safari, informou que durante as operações de manejo, um grupo de girafas escapou de uma área de contenção e, após o retorno às baias, os animais não resistiram.
As girafas são bastante sensíveis e, por isso, determinadas situações podem levar ao desequilíbrio orgânico do animal. O BioParque do Rio “reitera a responsabilidade com o manejo de fauna, com os projetos de longo prazo de restauração da natureza e afirma não haver maus tratos como tentam sugerir em denúncias infundadas.”
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A nota informa que o resort trabalha com muita seriedade no tripé da pesquisa, conservação e educação e com muita responsabilidade e cuidado no manejo da fauna, inclusive com um projeto de longo prazo para um programa dedicado à conservação integrada de girafas e que: “O grupo de 18 girafas veio de um local autorizado para manejo sustentável e desenvolvimento comunitário com essas espécies na África do Sul. A instituição foi devidamente aprovada pelos órgãos competentes brasileiros e sul-africanos.”
O documento diz ainda que: “assumimos o compromisso de sermos os coordenadores no Brasil do Grupo de Trabalho para os esforços de conservação da girafa pela Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB). Neste papel, o BioParque do Rio liderará as pesquisas e projetos de conservação da espécie no país, com foco principal no desenvolvimento de técnicas utilizando a genética e a tecnologia da reprodução para o aumento da espécie”.
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O manejo de espécies é uma importante ferramenta complementar de conservação da biodiversidade e a ela foi dedicado o artigo 9º da Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), assinado pelo Brasil em 1992.
Investigações continuam
Agora a investigação continua para apurar as circunstâncias e a legalidade da importação das girafas e também para averiguar tudo sobre as condições de manutenção e cuidado dos animais.
(Débora Damasceno/ Sou Agro com Agência Brasil)