AGRICULTURA
Pressão para liberar estoque faz preço da soja cair
Mesmo em período de entressafra, os preços da soja caíram na maior parte de novembro. A pressão veio da necessidade de liberar estoques para a chegada da nova safra, que pode ser recorde, e também do clima favorável na maior parte do Brasil.
De outubro para novembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá caiu 3,1%, com média de R$ 165,79/sc de 60 kg no último mês. Porém, na comparação com novembro de 2020, houve leve avanço de 0,5%, em termos nominais. O Indicador CEPEA/ESALQ – Paraná teve média de R$ 162,38/sc de 60 kg em novembro, com baixa de 3,5% na comparação mensal e de 1,3% na anual. Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, entre outubro e novembro, o recuo foi de 3,6% no mercado de lotes e de 2,7% no de balcão.
Na comparação anual, houve queda de 3,2% no mercado de lotes, mas alta de 3,3% no de balcão. O dólar, por sua vez, se valorizou 0,4% entre outubro e novembro, a R$ 5,5589. Nos Estados Unidos, os preços do grão foram influenciados por expectativas de maior demanda por parte de indústrias, devido à elevação na procura por farelo. Com isso, na Bolsa de Chicago (CME Group), o primeiro vencimento da soja (Jan/22) avançou 0,6% de outubro para novembro, a US$ 1.237,15/bushel (US$ 27,27/sc de 60 kg) no último mês.
CAMPO
Os trabalhos de semeadura foram quase finalizados em novembro. Segundo dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), até o dia 27 de novembro, a semeadura de soja já havia alcançado 91,5% da área estimada. Dentre os estados, 99,9% foram semeados em Mato Grosso; 99,5%, em Mato Grosso do Sul; 98%, em São Paulo; 60%, em Maranhão; 97%, no Paraná; 88%, em Tocantins; 81,14%, em Santa Catarina; 87%, na Bahia; 85% no Piauí e o local mais atrasado é o Rio Grande do Sul, com 68% área semeada.
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