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Estação de Piscicultura do PR ganha projeção internacional

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Débora Damasceno
Débora Damasceno

A Estação Experimental de Piscicultura da Universidade Estadual de Maringá (UEM) desenvolve desde 1996 uma importante função na pesquisa de excelência para a piscicultura brasileira, envolvendo estudantes da graduação, mestrado e doutorado, tornando-se referência em melhoramento genético na América Latina.

Localizada no distrito de Floriano, a 20 quilômetros de Maringá, a Estação abriga o primeiro centro público da América Latina de pesquisa sobre melhoramento genético de Tilápias do Nilo, o programa Tilápia Tilamax, que está na 13ª geração de seleção.

 

Toda a avaliação produtiva desses animais selecionados acontece no Campus Regional de Diamante do Norte (CRN) que, desde 2008, com a colaboração do Departamento de Zootecnia, estabeleceu parceria com a Estação Experimental aprimorando a criação desses peixes em Tanque Rede, no Rio do Corvo, um afluente do Rio Paranapanema.

Esse trabalho é realizado em 20 tanques de 6m³, onde são avaliados anualmente representantes de 50 a 90 famílias, resultando em aproximadamente 3 mil peixes. De cada grupo familiar são selecionadas as quatro melhores fêmeas e os dois melhores machos, que serão os pais da próxima geração.

 

Para a escolha dos animais são analisados a capacidade de ganho de peso, o rendimento do filé, o comprimento dos animais, se o crescimento das fêmeas é similar ao dos machos, além da avaliação da qualidade da pele.

Os melhores animais são encaminhados à Estação Experimental de Piscicultura onde são desenvolvidos os diversos estudos na área da genética. É neste ambiente que os peixes se reproduzem e os alevinos são enviados a produtores de todo o País.

 

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“Hoje estamos em 18 dos 27 estados do Brasil e, inclusive, já enviamos alevinos para Cuba e Uruguai, além de estarmos negociando com Peru, Colômbia, Panamá, México, Honduras, entre outros, o mais difícil é a documentação para exportação”, explica Ricardo Pereira Ribeiro, coordenador do programa Tilápia Tilamax.

PARCERIAS

A Estação Experimental de Piscicultura tem parceria com várias instituições públicas e privadas, e os estudos incrementam os potenciais socioeconômicos da piscicultura agregando valor à cadeia produtiva.

 

Com o objetivo de reduzir o impacto ambiental, as pesquisas variam da utilização dos resíduos da filetagem do peixe, que se transforma em concentrado proteico para consumo humano, até na transformação da pele do peixe em couro. No Laboratório de Processamento de Pele do Departamento de Zootecnia (DZO) da UEM, por exemplo, onde é ministrada a disciplina de Tecnologia de Processamento de Peles e Couros dos cursos de graduação e pós-graduação, a pele do peixe se transforma em matéria-prima para confecção de roupas, sapatos, bolsas e objetos em couro.

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Produtos fabricados com couro da tilápia

“A técnica que utilizamos garante o aproveitamento e representa uma alternativa para a redução de resíduos gerados na indústria, agregando valor à cadeia produtiva do pescado”, esclarece a professora Maria Luiza Rodrigues de Souza.

 

Além do curtimento das peles e realização dos testes de resistência, a UEM desenvolve o estudo da morfologia das peles, principalmente o entrelaçamento das fibras colágenas. Souza explica que são elas que determinam a resistência dos couros associados a outros fatores, como idade, posição na pele, técnica aplicada de curtimento, entre outros.

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Por meio do melhoramento genético é possível proporcionar o aumento de fibras colágenas na espessura da pele, visto que com maior quantidade de fibras colágenas a tendência do couro é ser mais resistente, melhorando, consequentemente, a qualidade do produto.

Conheça os projetos que estão em desenvolvimento na Estação:

Análise da expressão de genes associados ao crescimento muscular em Tilápia do Nilo;

Índice de dimorfismo sexual em Tilápias do Nilo melhoradas geneticamente;

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Avaliação produtiva em tanques rede de Tilápias do Nilo com dietas de baixo nível de proteína, suplementadas com zinco orgânico;

Avaliação e estimativa de parâmetros genéticos para características produtivas e qualidade da pele em Tilápia do Nilo suplementadas com zinco orgânico;

Avaliação espermática de Tilápia do Nilo com suplementação na dieta com mananoligossacarídeos (MOS);

Análise da expressão de genes associados do crescimento muscular em Tilápia do Nilo dentro de um programa de melhoramento genético;

Análise da expressão de genes associados ao crescimento muscular em Tilápia do Nilo.

 

(FOTOS/FONTE: Agência de notícias do Paraná)

(Débora Damasceno/Sou Agro)