Soja: insegurança no setor de biodiesel afeta esmagamento
#souagro | A insegurança no setor de biodiesel gera reflexos no percentual de esmagamento de soja previsto para o próximo ano. O alerta é da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais. Com base em estatísticas recentes do complexo soja no País até setembro deste ano, a previsão é de redução no processamento do grão em virtude da mistura do biodiesel no diesel comercial.
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O esmagamento atingiu 3,3 milhões de toneladas no ano passado, abaixo do montante de agosto, com 3,4 milhões de toneladas e inferior aos 3,7 milhões de junho e julho. O esmagamento acumulado de janeiro a setembro reduziu 1,7% em comparação com o mesmo período do ano passado.
A Abiove projeta uma safra recorde de soja, em torno de 144,1 milhões de toneladas, totalizando um esmagamento de 48 milhões de toneladas e exportações de soja em grão de 92,1 milhões de toneladas. Recorde de exportação em relação ao farelo de soja, de 17,7 milhões de toneladas e de 0,9 milhão de toneladas de óleo de soja ao longo do próximo ano. Diante desses números, as exportações devem alcançar a cifra de US$ 52 bilhões do complexo soja.
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Essa é a primeira vez em 13 anos que não há uma projeção de aumento do esmagamento em linha com a necessidade de produção de biodiesel no Brasil. Para a Abiove, consequência das sucessivas intervenções no teor da mistura ao longo deste ano e da indefinição de teores futuros.
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Entretanto, existe uma luz no fim do túnel, e não é o trem. Se a mistura de biodiesel for rigorosamente atendida em consonância com a legislação, o esmagamento pode ter um aporte de até 6 milhões de toneladas e chegar a 54 milhões de toneladas em 2022.
(Vandré Dubiela/Sou Agro, com agências)