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Agroindústria familiar gera renda aos produtores

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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O casal Elizeu e Ivone Queiroz, de Mamborê, no Centro-Oeste do Paraná, é exemplo de como as agroindústrias familiares, hoje presentes em todo o Estado, são um caminho para o produtor agregar valor aos produtos primários, criar oportunidades de trabalho e gerar renda. Com apoio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná) e da prefeitura, eles passaram a industrializar frutas, criando a Mamborê Produtos Artesanais, que hoje tem instalação própria e grande variedade de itens.

A agroindustrialização entrou na vida do casal há 11 anos, quando a família necessitava de uma nova atividade geradora de renda. Naquela época, Ivone e Elizeu não tinham recursos para investir nos três hectares de terra arrendados. Tampouco tinham equipamentos ou maquinários. A única saída que encontraram foi transformar em doce a produção de abóbora que existia na propriedade e vender para amigos.

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Foi por meio de um desses novos clientes que veio a sugestão para que eles participassem da Feira do Produtor no município. O casal passou a aproveitar as grandes feiras da agroindústria no Estado, com o apoio da prefeitura e do IDR-Paraná. Ivone já havia feito alguns cursos de transformação de frutas, conservas e outros alimentos e começou a produzir diversos doces e compotas, diversificando a produção para tentar vender no mercado paranaense.

Para Elizeu, a receita do sucesso da agroindústria é simples: persistência, determinação, inovação, preço justo e trabalho em família. Ivone diz que cada produto é único, no sentido de que ninguém faz igual. “Nunca desista, procure sempre capacitar-se e não tenha medo de inovar”, aconselha a produtora.

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DIFERENCIAL

A partir da experiência de comercialização em grandes eventos, veio a constatação de que era preciso inovar e lançar produtos inéditos ou, pelo menos, oferecer algum diferencial de qualidade e sabor. O casal passou a fabricar frutas cristalizadas, como a casca de laranja, o gengibre e a pimenta.

“Desde o começo, a preocupação sempre foi com a qualidade em todas as fases do processo produtivo. Optamos por produtos feitos da forma mais artesanal possível, com frutas da estação, preparo em fogão a lenha”, conta Eliseu. “Usamos receitas tradicionais da família e, principalmente, com pouco açúcar, para que o sabor das frutas ou legumes fosse bem acentuado e atendesse aos apelos de saudabilidade, tendências tão comuns em nossos dias”.

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Em 2011 o casal decidiu investir em espaço próprio para a produção. Com recursos do Pronaf (Programa Nacional de Apoio à Agricultura Familiar) e apoio da prefeitura foi iniciada a construção das instalações, para qualificar ainda mais a produção, atendendo aos padrões sanitários exigidos pela legislação. Com a demanda crescente pelos produtos, até mesmo fora das grandes feiras do Estado, o casal passou a melhorar a identidade visual dos produtos.

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“O IDR-Paraná contribuiu com orientações técnicas quanto ao tipo de embalagem e, principalmente, a respeito da confecção dos rótulos, adequando-os à legislação vigente”, explica o extensionista do Instituto, Luiz Vanderley.

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INOVAÇÃO

Atualmente a banana, o mamão e a manga desidratados são os lançamentos da agroindústria. De acordo com Ivone, essa linha investe em produtos saudáveis que vêm sendo muito procurados pelos consumidores. A agroindústria hoje tem capacidade de produzir 3.000 unidades por mês, entre vidros de doces, geleias, compotas, pacotes de frutas cristalizadas e desidratadas. A produção é comercializada em diversos municípios paranaenses e em outros estados, como Mato Grosso.

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(FOTOS/FONTE: Agência de notícias do Paraná)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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