#souagro | Muitos se enganam ao subestimar o trabalho exercido na agricultura e pecuária. A lida no meio rural campo não é tarefa das mais fáceis, principalmente nas pequenas e médias propriedades em que as estruturas, e boa parte dos casos, apresenta uma certa limitação. Diante de todos os desafios de rotina, o produtor ainda precisa ficar atento, ou melhor, muito atento com os riscos de acidentes no meio rural.

O Portal Sou Agro entrevistou um especialista em engenharia de segurança. Agnaldo Mantovani apresenta informações importantes sobre o tema, apesar da dificuldade de encontrar um meio oficial para estratificar essa realidade, justamente em um país que tem sua economia alicerçada no agronegócio. Faltam órgãos competentes para atuar nesta área.

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No dia a dia, o produtor rural está suscetível a vários acidentes e todo o tipo de trauma, como cortes, amputações, fraturas de mão, braços e pernas, intoxicações por agroquímicos, queimaduras, choque elétrico, entre tantos. Choques em cercas elétricas, atropelamentos, tombamento de máquinas e até mesmo picadas de animais peçonhentos.

Ainda com base na apuração feita pelo engenheiro de segurança, lombalgia é outro problema que acomete o produtor rural. São questões relacionadas à postura e dores musculares. “Falta o acompanhamento de alguém especializado para orientar o agricultor a aumentar os cuidados nas propriedades, pois tudo ele acaba aprendendo sozinho. Isso está no cerne familiar rural. “O índice de acidentes no campo também acompanhou a evolução da mecanização, não questionando a importância deste processo de progresso, mas é preciso adotar cuidados básicos para não sofrer as consequências de um acidente, muitos deles, podendo provocar até mesmo a morte do produtor ou algum familiar”.

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De todos os acidentes de trabalho registrados, entre 7% a 10% ocorrem no meio rural. “O agronegócio representa cinco vezes mais acidentes que a construção civil, que já é tida uma área com muitos acidentes. Isso refere-se a atividades relacionadas às indústrias e no campo”, destaca Agnaldo Mantovani. As lesões mais severas provocadas pela distração ou imperícia com máquinas e implementos representa 70% dos acidentes nas propriedades.

Entre 14% e 20% dos acidentes no campo, estão ligados a queda de altura, como por exemplo de maquinários ou galpões. “A atividade rural é muito diversa. Tem exposições constantes todos os dias”. Ele salienta ainda que existem as NNRs (Normas Regulamentadoras Rurais), que prioritariamente deveriam atingir o campo, mas não é o que acontece na prática.

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A exposição em demasia ao sol, sem a utilização de protetor solar, costume provocar danos na pele e em muitos casos, evoluindo para o câncer.  “É comum observar alguns casos de produtores utilizando apenas chapéu e uma manga longa no campo”. Em suma, Agnaldo Mantovani aponta que falta uma conscientização maior, campanhas para minimizar os danos causados pelos acidentes de trabalho no campo.

(Vandré Dubiela/Sou Agro)

Foto: A Redação

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