Maçã Paraná

Macieiras: desafio é aumentar produção

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela
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Aumentar a produção por área, facilitar a mecanização dos tratos culturais e da colheita, acrescentar mais qualidade aos frutos e reduzir custos de implantação e condução de pomares. Com esses objetivos, há mais de dois anos pesquisadores do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná — Iapar-Emater) avaliam técnicas alternativas de condução de macieiras na unidade de pesquisa de Palmas, no Sul do Estado.

“A ideia central é encontrar opções superiores ao método ‘líder central’, largamente utilizado nas regiões produtoras do Brasil”, explica o pesquisador Clandio Medeiros da Silva, referindo-se ao tradicional sistema em que as plantas são distribuídas no terreno com espaçamento amplo e manejadas com podas para ganhar formato cônico.

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Silva explica que estão sendo avaliados métodos de condução em sistema plano —plantas são distribuídas no terreno com apoios e conduzidas de forma bidimensional (ao contrário do “líder central”, que é tridimensional) — e, em outra frente, com podas que dão às árvores o formato da letra V.

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A principal vantagem dessas duas abordagens é o aumento de plantas por área e a boa distribuição de luz em todas as partes da planta, aspecto fundamental para a qualidade final dos frutos. A produtividade dos pomares paranaenses, que gira em torno de 36 toneladas de maçãs por hectare, pode ser aumentada em pelo menos 20% com novas práticas de condução, aponta Silva.

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Embora ressalte a necessidade de mais observações para uma avaliação conclusiva, Silva conta que o método chamado “muro frutal” vem se destacando. Nessa proposta, as plantas são implantadas em fila, com espaçamento reduzido (como se fossem formar uma cerca-viva). “É uma disposição que favorece a mecanização”, ele aponta. O projeto tem previsão de encerramento no final de 2023.

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De acordo com o Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), há mil hectares de macieiras no Paraná, com uma produção de 30,4 mil toneladas (dados de 2020).

A fruta é explorada em 37 municípios paranaenses. Palmas, no Sudoeste, e Lapa, na região Sul, são os maiores produtores.  Cerca de 35% dos pomares do Estado exploram a cultivar Eva, desenvolvida pelo IDR-Paraná para regiões de inverno com temperaturas amenas. “São materiais precoces, que oferecem aos produtores a possibilidade de obter melhor remuneração, já que podem levar ao mercado frutos na entressafra de outras regiões produtoras”, pondera Silva.

 

Fonte: IDR-PR

 

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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