#souagro | Basta percorrer algumas rodovias na região oeste para perceber a presença de colheitadeira a todo vapor realizando a colheita do trigo. No âmbito estadual, a estimativa do fim de agosto mostrava uma redução na produção, para 3,7 milhões de toneladas. A área total será de 1.223 mil hectares em todo o Estado cultivados com o cereal. Não fosse o clima adverso, a produção poderia facilmente chegar a 4 milhões de toneladas. As perdas nas áreas são de 7% em relação ao potencial.

A frustração com o milho levou o produtor Ildo Panizzon, de Linha Guavirá, entre Santa Tereza do Oeste e Cascavel, a apostar no plantio de 70 hectares de trigo Audaz. A cultivar de ciclo precoce apresenta um tipo de planta e potencial produtivo semelhante à genética de sua matriz, a Tbio Toruk. Conta com excelente sanidade e elevado nível de resistência à mancha foliar, bacteriose e mosaico do trigo.

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“Comecei a colheita do trigo sábado e pretende encerrar amanhã [terça-feira] logo depois do almoço”, comenta ele, que conta com o importante apoio da esposa Luciana, responsável por conduzir a colheitadeira durante o plantio. A qualidade do trigo, conforme o agricultor, apresenta PH 81. Ele projeta uma produtividade de 50 sacas por hectare, boa, diante das circunstâncias. “Raramente planto o trigo, mas em virtude do atraso do plantio do milho, não quis arriscar e achei melhor cobrir a área com o trigo”. Com a saca cotada a R$ 91, o melhor a fazer é tirar da lavoura e já negociar. Ele entrega toda a produção para uma cerealista local.

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Para o engenheiro agrônomo Airton Cittolin, que colheu na semana passada certamente se deparou com um trigo fraco e deve contabilizar prejuízos, em virtude dos estragos remanescentes das geadas. Para ele, o forte da colheita será na próxima semana e no fim do mês. “Para quem colhe o trigo neste momento, é torcer para não chover muito, situação inversa do produtor dedicado à Safra de Verão 2021/22”.

(Vandré Dubiela/Sou Agro)

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