Camarão: no Oeste do Paraná até a casca tem valor
SOUAGRO | Sabe aquela casca grossa do camarão que tiramos antes de consumir? Pois é, esse resíduo tem auto valor agregado. É o que aponta uma pesquisa desenvolvida na UFPR no setor de Palotina, no Paraná.
O coordenador do laboratório de Materiais e Energias Renováveis (LABMATER), Helton José Alves, explica que a produção usa a carapaça de camarão, normalmente descartada em lixões, como matéria-prima para a extração da quitina e a partir daí obtendo a chamada quitosana. ‘’Esses camarões da pesquisa são produzidos na região oeste do Paraná. Essa carapaça que normalmente é descartada de forma incorreta é totalmente aproveitada.’’ Afirma.
A expectativa é que ao longo de sete anos, o projeto piloto chegue à marca de 2 toneladas de resíduos utilizados na Universidade.
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Mas afinal onde a quitosana pode ser utilizada? ‘’Pode ser utilizada na área de alimentos, como filmes protetivos para frutas; embalagens; para liberação controlada de fármacos, ou seja, na indústria farmacêutica em geral; Remoção de metais pesados em efluentes; possibilidade de aplicação para redução do colesterol, absorvendo a gordura. Esse polímero é um material muito versátil, multifuncional.
Outro ponto que chama a atenção é em relação ao preço da quitosana. ‘’Produto de baixa qualidade pode custar em torno de R$200,00 o quilo, mas o de alta qualidade pode custar até mil dólares o quilo. É algo atrativo e promissor. Além do mais, nós conseguimos conciliar a questão do meio ambiente com a atividade de carcinicultura incentivando o produtor rural’’
CARCINICULTURA
A carcinicultura é um ramo específico da aquicultura voltado para a criação de camarão em cativeiro, tanto na forma de cultivo marinho ou de água doce. Uma atividade em expansão no Brasil, sendo uma das formas de negócio mais lucrativas que existem.
ASSISTA A EXPLICAÇÃO SOBRE A EXTRAÇÃO DA QUITOSANA DO CAMARÃO.
(AMANDA GUEDES / SOU AGRO)