Safra americana, oscilação cambial e os impactos no Brasil

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti
https://youtu.be/ZACZnwiWAJc

 

#souagro | Dois ou três focos centrais predominaram nessa semana e vão continuar nas próximas em relação de grãos nacional e internacional, de acordo com o analisa de mercado da Granoeste, Camilo Motter, em entrevista concedida na tarde desta sexta-feira, ao jornalista Vandré Dubiela, do Portal Sou Agro. As oscilações cambiais ainda influenciam fortemente nos preços da soja e do milho.

-> Veja o resumo da semana do mercado de grãos com o analista Camilo Motter:

Sobre a safra americana, toda a soja e milho estão na fase de floração e na transição para a fase de formação de grãos, espigamento ou formação de vagens no caso da soja e do milho envolvendo a formação de grãos. “Portanto, é o período em que as lavouras mais necessitam de água para determinar o índice de produtividade”.

Alguns estados mais ao norte dos Estados Unidos, sobretudo as duas Dakotas e Minessota, enfrentam sérios problemas de umidade do solo. “Esses estados têm uma perda de qualidade significativa em suas culturas nas últimas semanas e isso deve continuar pelas projeções climáticas. Ou seja, esses estados tendem a baixar a média nacional de produtividade, tanto do milho como da soja”.

Na próxima quinta-feira, o USDA divulga o seu relatório de oferta e demanda, referente ao mês de agosto. O levantamento a campo vai determinar as estimativas de produtividade, portanto, será um levantamento com bastante confiabilidade, no que tange às estimativas de produção.

Do lado da demanda, há atrasos muito expressivos dos embarques, tanto de soja quanto de milho nos Estados Unidos. “Eles [EUA] podem não atingir a meta estipulada pelo USDA, de 62 milhões de toneladas para as exportações de soja e de 72 milhões de toneladas para as exportações de milho”.

 

Os embates e os reflexos no câmbio

Sobre o Brasil, há a problemática da quebra da safra de milho provocada pelo atraso no plantio, seca prolongada e ultimamente as geadas. Apesar disso, os preços estão em patamares elevados. Já a soja, além dos preços internacionais relativamente bem sustentados, têm os prêmios dos postos em alta e o câmbio flutuando muito, especialmente por conta de fatores políticos, como o atraso nas reformas e os embates envolvendo a presidência, Supremo Tribunal Federal, Câmara e Senado. “Isso acaba promovendo muita oscilação cambial”.

(Vandré Dubiela/Sou Agro)

 

(Sirlei Benetti/Sou Agro)

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