Inédito: exportação brasileira de carne bovina em julho ultrapassa US$ 1 bilhão

Amanda Guedes
Amanda Guedes

De acordo com a Abrafrigo – Associação brasileira de Frigorificos, pela primeira vez na história, a receita mensal de exportações de carne bovina do Brasil ultrapassou US$ 1 bilhão, apesar de recuar 1% em volume se comparar ao mesmo período de 2020.

No mês passado, a receita de US$ 1,011 bilhão foi consequência de 192.544 toneladas de embarques, tanto de produtos in natura quantos processados. O compilado foi divulgado pelo Ministério da Economia. O faturamento obtido com as exportações da proteína representou salto de 30% em relação a julho do ano passado.

ACUMULADO DE 2021

Nos sete primeiros meses do ano, segundo a Abrafrigo, o volume de exportações caiu 3% ante igual período de 2020, a 1.072.551 toneladas, mas o saldo cambial avançou 9%, a US$ 5,096 bilhões.

A Abrafrigo disse que o país asiático importou 630.552 toneladas no ano até julho, ante 634.138 toneladas nos sete meses iniciais de 2020.

“A China, com suas importações através do continente e por Hong Kong, continua sendo o principal cliente da carne bovina brasileira, apresentando uma leve queda no ano’’.

Considerando somente o mês passado, as aquisições pela China tiveram queda de 4% em base anual, a 110.637 toneladas.

“Os Estados Unidos vêm aumentando paulatinamente suas compras e estão se consolidando como o segundo maior cliente do produto brasileiro, com 52.962 toneladas importadas de janeiro a julho [4,9% do total exportado], crescimento de 93,2% em relação ao mesmo período de 2020″, acrescentou a Abrafrigo.

A receita obtida com os embarques aos norte-americanos mais que dobrou no acumulado do ano, a US$ 393,8 milhões.

Até o início do ano passado, os EUA mantinham um embargo à carne bovina in natura do Brasil. O mercado foi reaberto apenas em fevereiro de 2020, após três anos de suspensão.

MAIORES COMPRADORES

Chile (48.832 toneladas adquiridas no ano, alta de 22,9%), Egito (32.932 toneladas, queda de 56,3%) e Filipinas (32.642 toneladas, avanço de 54,3%).

(AMANDA GUEDES / SOU AGRO, COM AGÊNCIAS) 

(Amanda Guedes/Sou Agro)

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