Como foi e o que esperar do mercado de soja e do milho?
#souagro | O mercado da soja e do milho esteve conturbado nos últimos dias. O relatório do USDA divulgou que a situação das lavouras americanas apresentou uma sensível piora. “Os estoques americanos nunca estiveram tão baixos como neste momento, com uma redução forte no volume de exportação americano, tanto para soja como para o milho”, descreve o analista de mercado da Rural Partners B&B, Marcelo Luiz Beckers.
Confira o comentário do analista de mercado, Marcelo Luiz Beckers:
De acordo com o analista, isso coloca o mercado automaticamente em um estado de humor melhor e pressiona os preços para cima. “Todos apostam que os Estados Unidos vão exportar menos, logo após a colheita da soja e do milho, embora exista ainda uma estimativa que vão colher mais que no ano passado”. Os estoques americanos estão muito melhores que em 2020, porém, se encontram baixos. E isso coloca-os inclusive em uma situação de desabastecimento, quer dizer, vão exportar menos. “A pressão no mercado é uma consequência, forçando a compra antecipada, uma vez que a oferta será menor e isso joga os preços para cima”, comenta Marcelo Luiz Beckers.
No momento, o bushel está a US$ 13. “Não vejo razão para esse valor e a única explicação é a especulação”. O analista vê que, a curto e médio prazos, deve subir. Em relação ao clima, não há precisão de chuvas nos Estados Unidos para os próximos dez dias. “A regiões que devem registrar 10mm, pouco no aspecto volume pluviométrico”.
No Brasil, dever ser uma primavera com chuvas bem distribuídas, com índices semanais de 40mm a 50mm, excelentes para as culturas da soja e do milho. O verão também será semelhante. “Isso deposita uma esperança no mercado”. Por conta de todas as incertezas, o cenário do mercado do milho e da soja deverá ser o mesmo para os próximos dias, com uma leve alta, segundo o analista, a menor que algo muito motivador baixe as cotações, como por exemplo questões cambiais.
(Vandré Dubiela/Sou Agro)