Abastecimento global à beira de um colapso

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela

 

#souagro | O fechamento do porto de Ningbo-Zhoushan, o terceiro maior porto de contêineres do mundo, vem pressionando o mercado internacional. Isso ocorreu porque um funcionário testou positivo para a variante Delta da Covid-19. Cerca de dois mil trabalhadores se encontram em quarenta. É uma mostra do rigor em que a China tem tratado essa doença que já matou milhões de pessoas pelo mundo. A tolerância zero à Covid-19 tem explicação. A China já se aproxima do registro de 100 casos de contágio pela nova variante.

Esse cenário de fechamento do porto chinês provoca uma preocupação na retomada da economia mundial. A interrupção das operações inclusive tem abalado as estruturas do mercado financeiro. O mercado marítimo é pressionado e o custo elevado do frete pode aumentar ainda mais os custos de produção em todo o planeta, sem contar que os países vivem o risco de enfrentar um desabastecimento mundial.

De acordo com as agências internacionais, já há um engarrafamento de 350 navios no local atracados para desembargar e seguir o itinerário a outros países. Para especialistas, em questões de dias esse reflexo será sentido no Brasil e na região oeste, uma das maiores produtoras de grãos do mundo e de fomento à proteína animal.

Em entrevista à TV Tarobá, o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, disse o impacto dever ser sentido em breve. “A China é um dos países que mais importar do Brasil, tanto grãos como proteína animal. Isso deve impactar o Paraná, por conta dos navios atracados, sem descarregar e seguir o fluxo normal logístico de embarques e desembarques”. A China é responsável por 35% de todas exportações brasileiros e o maior consumidor de carne do planeta. “O Brasil exporta para 140 países, mas nenhum deles se assemelha à China”, disse o líder cooperativista.]

(Vandré Dubiela/Sou Agro, com TV Tarobá e agências)

 

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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