AGRICULTURA
Se está ruim, pode ficar pior; vem mais geada por aí
#souagro | O dia 29 de junho de 2021 ficará marcado na história das temperaturas abaixo de zero em Cascavel e região oeste do Estado. De acordo com o agrometeorologista Reginaldo Ferreira, foram -3º. “Uma preocupação muito grande para o campo, principalmente em relação às lavouras que não escaparam da geada, com destaque para a safrinha de milho”. O resultado será o aumento das perdas, que já era significativa em virtude das intempéries climáticas registradas desde o início do ano, ora com excesso de chuva e ora com a escassez hídrica.
Em contrapartida, para o produtor que apostou em culturas de inverno agradece, como para quem plantou o trigo, por exemplo, que precisa da temperaturas baixas e horas frias, fazendo com que os índices de produção sejam elevados.
Confira a entrevista com o agrometeorologista Reginaldo Ferreira:
Essas baixas temperaturas históricas são resultado de uma massa polar intensa, proveniente da Argentina, potencializado por um ciclone extratropical pequeno, mas de grande força. Essa fusão espalhou a massa de ar congelante para a região Sul, afetando também o Paraguai, Chile, Bolívia e Uruguai.
O ciclone agora está na região de Chuí (RS), fazendo o frio se espalhar para todo o Brasil, além do Paraná como um todo, parte do Mato Grosso do Sul, São Paulo e subindo em direção ao Norte, já refletindo em Rondônia, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. “Muitos de nossos estados terão um frio mais intenso. Novas geadas estão previstas para a próxima madrugada e para os próximos dias”.
Em Jesuítas, o estrago já é perceptível a olho nu. O milho começou a ficar preto por conta da geada e amanhã a tendência é que assuma uma cor mais esbranquiçada e seque. O registro é da nossa agronauta Sueli.
(Vandré Dubiela/Sou Agro)