PECUÁRIA
De olho na China, frigoríficos tentam pressionar pecuaristas
O mercado físico de boi gordo apresentou preços pouco alterados nas principais regiões de produção e comercialização do país na quarta semana de junho. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a oferta de animais terminados permanece discreta, ditando o ritmo dos negócios. “Mesmo com algum conforto das escalas de abate em determinadas regiões do país, os frigoríficos não conseguiram exercer pressão sobre o mercado”, assinalou Iglesias.
O ritmo de embarques de carne bovina no decorrer do mês de junho segue positivo, ainda com um bom volume de exportação destinado ao mercado chinês. “Entretanto, este resultado faz menção a contratos firmados anteriormente. A preocupação com a constante queda dos preços na China diz respeito ao desempenho das exportações brasileiras de proteína animal no segundo semestre e em 2022. Com preços mais baixos dentro do mercado chinês, não há necessidade de pagar tão caro pela proteína animal e possivelmente não haverá necessidade de aquisição de volumes tão expressivos”, alertou o analista.
- Brasil recebe piloto de tecnologia de internet 5G para uso no agro
- Produção de Peru será retomada no Sudoeste do Paraná
Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Conforme Iglesias, a tendência é que haja maior espaço para reajustes no período de virada de mês, período que conta com maior apelo ao consumo, considerando a entrada dos salários na economia como motivador da reposição entre atacado e varejo. “É importante mencionar que a carne de frango ainda dispõe da preferência do consumidor médio, algo natural com as atuais circunstâncias envolvendo emprego e renda”, disse Iglesias.
Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 24 de junho:
* São Paulo (Capital) – R$ 320,00 a arroba, contra R$ 322,00 a arroba em 17 de junho, caindo 0,62%.
* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 313,00 a arroba, contra R$ 312,00 (+0,32%).
* Goiânia (Goiás) – R$ 305,00 a arroba, estável.
* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 315,00 a arroba, contra R$ 312,00 a arroba (+0,96%)
* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 310,00 a arroba, estável.
Fonte: Safras
Foto: Divulgação