Colheita de mandioca
AGRICULTURA

Colheita de mandioca acelera no Paraná

Colheita de mandioca
Sirlei Benetti
Sirlei Benetti

Os produtores de mandioca no Paraná puderam acelerar os trabalhos de colheita nas últimas semanas, beneficiados pelo clima. Dessa forma, também as indústrias de fécula e de farinha reduziram os níveis de ociosidade. Esse é um dos assuntos analisados no Boletim de Conjuntura Agropecuária elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, na semana de 12 a 18 de junho.

A presença de maior umidade no solo nas últimas duas semanas no Paraná foi favorável para a colheita de mandioca. Isso foi observado, sobretudo, nas principais regiões produtoras, concentradas nos núcleos de Umuarama (34%), Paranavaí (30%), Campo Mourão (8%) e Toledo (4%). Nessas áreas está também a maioria do parque industrial de fécula e farinha.

Com maior oferta da matéria-prima, as indústrias retomaram com mais força os trabalhos. Durante o longo período de estiagem, a ociosidade ultrapassou 40% no setor de transformação. Agora começou a reduzir, o que é importante para o País, visto que o Paraná é o segundo produtor de raiz e o primeiro processador, responsável por 70% do amido nacional.

A área ocupada com a cultura de mandioca no Estado, na safra de 2020/21, é de 143 mil hectares, com produção estimada em 3,3 milhões de toneladas. Essa projeção significa perda de 4% na área e do mesmo porcentual em relação à produção observada na safra 2019/20, quando foram colhidas 3,5 milhões de toneladas em 148,9 mil hectares.

A mandioca é plantada em todo o Paraná. No Sul, onde a produção é feita em menor escala e com pouca tecnologia, a maior parte se destina ao consumo humano e animal. Na região de Curitiba, o município de Cerro Azul destina praticamente toda a produção para comercialização na Ceasa e nas feiras livres. É chamada de mandioca de mesa e tem preço mais elevado se comparado ao da indústria de transformação.

PECUÁRIA LEITEIRA E AVICULTURA – O documento preparado pelo Deral destaca que a produção leiteira no Estado está pressionada e até limitada devido aos altos custos da alimentação, o que é agravado pela estiagem, que reduziu as pastagens. No entanto, a demanda pelo leite pode apresentar elevação devido a fatores como a recuperação gradativa da economia e o avanço da vacinação contra a Covid-19.

O boletim retrata, ainda, o aumento médio de 5,6% no custo de produção de frango de corte no País em maio. No Paraná, a alimentação das aves teve reajuste de 6,9% comparado a abril. Em relação aos ovos, a produção no primeiro trimestre de 2021 foi 0,3% superior ao mesmo período do ano passado, com 978,25 milhões de dúzias no País. Mas o Paraná teve redução e caiu da segunda para a quarta posição nacional.

BATATA E FRUTAS – O Paraná está com 99% da área total preenchida com o plantio de batata, enquanto 54% já está colhida. A maior parte do que permanece no campo está em boas condições. Apenas 18% das lavouras são consideradas medianas e 1% está em situação ruim.

Sobre as frutas, o boletim registra que o setor tem participação variável entre 1% e 2% no Valor Bruto da Produção (VBP) paranaense dos últimos anos. A previsão é que, ao se divulgar o valor de 2020, que está estimado em torno de R$ 120 bilhões, as 35 principais frutas cultivadas no Estado representem 1%.

O documento preparado pelos técnicos do Deral analisa, ainda, a situação produtiva dos principais grãos – soja, milho e trigo. Também traz informações da cultura do feijão, que já tem 90% da área colhida com previsão de 309 mil toneladas.

Fonte: ARN/Foto: José Fernando Oura

(Sirlei Benetti/Sou Agro)