#souagro | Pelo menos 27 sindicatos rurais do Paraná já foram algo de quadrilhas especializadas em aplicar golpes em pequenos comércios. Os estelionatários sempre agem da mesma forma. Com um cheque do Banco Bradesco em mãos, no valor de R$ 1.000 a R$ 1.500, se dirigem até o estabelecimento comercial, na maioria das vezes supermercados de pequeno porte, fazem uma grande compra e efetuam o pagamento com um cheque do sindicato rural do respectivo município.

O coordenador sindical do Sistema FAEP/SENAR-PR, João Lázaro Pires, relata que o primeiro caso ocorreu no fim de 2019, se estendendo ao longo de 2020 e passados alguns meses, novas situações do gênero começaram a ser percebidas. A mais recente vítima dos golpistas foi o Sindicato Rural Patronal de Campina da Lagoa. Para ele, o comércio desses pequenos municípios arcou com um prejuízo estimado em R$ 40 mil. “Os golpistas sabem da idoneidade dos sindicatos rurais e se aproveitam disso para fazer um derrame de cheques frios pelas praças”.

Confira a entrevista de João Lázaro Pires concedida ao Portal Sou Agro:

A qualquer sinal de estelionato nesses moldes, o sindicato rural é orientado a ir até a polícia e fazer a emissão do boletim de ocorrência. “Em alguns casos, foi possível conter a ação da quadrilha, principalmente naqueles em que o estabelecimento manteve contato com o sindicato antes de autorizar a compra”.

Pires faz um alerta para as associações comerciais do Paraná, para que comunique o comércio sobre a presença deste golpe no Estado e respectivamente, que os empresários denunciem à polícia. A coordenadoria sindical do Sistema FAEP/Senar é responsável por dar guarida a 168 sindicatos rurais paranaenses.

A equipe do Portal Sou Agro procurou o Sindicato Rural de Campina da Lagoa, mas eles preferiram não comentar sobre o assunto.

(Vandré Dubiela)

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(Sirlei Benetti/Sou Agro)