Rodovia das Cataratas Praca Guarapuava Foto: Arquivo ANPr

Novo modelo do pedágio vai gerar impacto de 3,7% no PIB paranaense

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti
https://www.youtube.com/watch?v=mcNxBX_IaM0

 

#souagro | Ao participar na noite de terça-feira de uma Live no instagram @portalsouagro com apresentação da jornalista Sirlei Benetti, o presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento, engenheiro agrônomo e empresário Rainer Zielasko, abordou o novo modelo do pedágio e os impactos no agronegócio.

O Ministério da Infraestrutura e a Agência Nacional de Transporte Terrestre prevê uma arrecadação de R$ 156 bilhões em 30 anos, com investimento previsto de R$ 42 bilhões, ou seja, 27% deste total. Com base nesses valores, a empresa vencedora da licitação arrecadará por ano R$ 5,2 bilhões, impactando em 3,7% no PIB paranaense, conforme cálculos apresentados por Rainer Zielasko. Para o agricultor compreender melhor: em uma saca de soja cotada a R$ 160, vai custar R$ 6 por saca. Já em relação ao milho, para uma saca custando R$ 80, serão R$ 3 por saca destinados ao pedágio.

 

Modelo do pedágio

O novo modelo do pedágio em discussão é para um pedágio com concessão de três décadas. “Sofremos muito nos últimos 24 anos e não podemos cometer os mesmos erros. Foram muitas promessas de duplicações, obras e em suma, o que ocorreu foram os pedágios mais caros do Braisl”, descreve Zielasko.

O setor agropecuário pagou muito caro, segundo ele, pois os produtores que a região transporta não são de alto valor agregado, pelo contrário, são matérias-primas e alguns industrializados.

“Quando falamos em transparência nos pedágios, é com respeito à montagem do sistema e não no momento da licitação na bolsa de valores. Todos precisam participar agora, conclamar a população para saber o que está acontecendo”.

 

Modal de transportes

Rainer Zielasko sabe de a necessidade do Paraná contar com os pedágios para facilitar o modal de transportes. “O nosso imposto deveria nos proporcionar essa contrapartida com estradas e rodovias, mas não adiantar sonhar com isso, pois as entidades públicas e os governos federal e estadual não têm dinheiro para isso, por estarem com a máquina pública inchada, inviabilizando as nossas necessidades nos transportes ferroviária e rodoviário”.

O presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento espera que a empresa vencedora da licitação execute as obras e cobre um pedágio que garanta isonomia para o Paraná. “E não é o que está previsto. O que está se propondo é um pedágio caro, com um custo até três vezes mais elevado que os estados vizinhos, refletindo na falta de competitividade e de atratividade de novos investimentos”.

 

Confira a entrevista completa clicando no vídeo abaixo:

 

Portanto, o Programa Oeste em Desenvolvimento defende um pedágio sem outorga, que seja escolhida a empresa que apresentar o menor preço, ou seja, que dê entre 50% a 60% de desconto nas tarifas e quando entregar as obras, a outorga seja justa, entre 25% e 30%.

 

Foto: Arquivo ANPr

 

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(Sirlei Benetti/Sou Agro)

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