Avicultural de corte. Foto Jonas Oliveira/ANPr
COOPERATIVISMO

Custo elevado de grãos leva setor avícola a reduzir produção

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Sirlei Benetti
Sirlei Benetti

 

A Organização Avícola do Estado do Rio Grande do Sul e suas entidades membros Asgav e Sipargs, já vêm alertando há um bom tempo sobre as possíveis consequências dos custos elevadíssimos dos grãos na atividade avícola.

Indústrias do setor vem comunicando a entidade representativa de iniciativas de reduções de produção de carne de frango para tentarem diminuir os prejuízos com os altos custos. Nesta semana, a indústria Vibra, que produz carne de frango e derivados e é associada Asgav, anunciou a redução de produção e de quadro de funcionários em sua unidade em Soledade/RS, além de rever seus investimentos.

Esta redução é mais uma de uma série, caso a situação de custos elevados permaneça e continue a demora de atendimento aos pleitos do setor encaminhados ao governo federal. Segundo levantamentos preliminares da Asgav, caso se intensifiquem as reduções de produção por parte das indústrias, em média 15%, os efeitos serão impactantes para avicultura e outros setores da economia que atendem o setor.

Uma possível redução de 15% em média, em um mês de produção de carne de frango no RS, resultará numa diminuição de aproximadamente 10,3 milhões de aves a serem abatidas, o que em volumes ficaria em torno de 21,2 milhões de Kg de aves que deixarão de estar disponíveis para o consumidor.

Já nos grãos para ração animal, esta redução média de 15%, caso se intensifique, diminuirá em aproximadamente 25,7 mil toneladas de milho e 6,4 mil toneladas de farelo de soja que deixarão de ser adquiridos para ração das aves.

“Estas informações caso se confirmem, referem-se à uma diminuição na produção em um período de um mês, no caso de permanecer a situação estes reflexos poderão se estender por mais um período”, explica Eduardo Santos, presidente-executivo da Organização Avícola do Estado do Rio Grande do Sul.

Além da possível redução na aquisição de grãos, outros insumos como embalagens plásticas, papelão, transportes e consecutivamente serviços e mão de obra também poderão ser atingidos. E segundo Santos, outras unidades da federação também sofrem com impactos do custo elevado dos grãos e medidas preventivas para evitar invasão expressiva de produtos de outros estados no RS, já estão em avaliação.

Clique e assista a entrevista de Eduardo Santos – Presidente Asgav

Entrevista Eduardo Santos   Presidente Asgav

Fonte: Comunicação ASGAV/SIPARGS – O.A.RS

 

Foto: Jonas Oliveira/ANPr

(Sirlei Benetti/Sou Agro)