Consultor avalia projeção americana e diz que preços no Brasil permanecerão firmes
#souagro | O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), divulgou nesta quarta-feira, 31 de março, a projeção da área plantada da safra 2020/2021. O consultor do Portal Sou Agro e engenheiro agrônomo Modesto Daga, comenta que, com base nas estimativas da USDA, a perspectiva de produção americana vai ficar abaixo do consumo necessário aos americanos, abrindo a necessidade de exportação. Os preços no Brasil continuarão firmes.
Confirma a entrevista concedida pelo consultor do Portal Sou Agro, engenheiro agrônomo Modesto Daga:
A área estimada de cultivo durante o Fórum de Agricultura no dia 28 de fevereiro era de 36,4 milhões de hectares. O anúncio feito nesta quarta-feira em torno da área prevista para o plantio foi de 35,5 milhões de hectares, ou seja, praticamente um milhão de hectares a menos em relação à previsão feita durante o fórum nos Estados Unidos. “Somando a previsão de consumo com a de exportação, a quantidade de soja necessária para os Estados Unidos esse ano seria próxima a 123 milhões de toneladas, isso se utilizarmos como estimativa 36,4 milhões de hectares cultivados. Com a redução da área para 35,5 milhões de hectares, é possível que os americanos fechem uma produção final menor do que eles terão para consumo interno e exportação”, avalia Daga.
Tendências altíssimas
Para o consultor do Portal Sou Agro, como reflexo ao agronegócio brasileiro, significa dizer que os preços continuarão firmes, com tendências altíssimas, não só para a safra 2020/2021 já colhida, como para a perspectiva da safra 2021/2022. “Por isso, é preciso atenção por parte dos produtores rurais, para que não sejam enganados, pois se o dólar permanecer nos níveis atuais, teremos dois anos com preços da saca bem significativos e importantes para o desenvolvimento da atividade agropecuária”. (Vandré Dubiela/Sirlei Benetti)
Foto: Gilson Abreu/AEN
VEJA TAMBÉM
Área de plantio da safra americana fica abaixo do esperado pelo mercado
Milho: entre primeira e segunda safras, Paraná estima colher 16 milhões de ton.
Pedágio e ferrovia são os desafios de Alfredo Lang ao assumir a Cotriguaçu