Milho e soja seguem com preços firmes
#souagro | O milho e a soja, as principais commodities brasileiras, continuam mexendo com as bolsas de valores pelo mundo. O analista de mercado e vice-presidente do Sindicato Rural de Cascavel, Modesto Daga, faz um prognóstico de como será o comportamento destes grãos tanto no Brasil como nos Estados Unidos e qual deve ser o comportamento do produtor em relação a essas culturas.
-> Confira a análise de Modesto Daga
Sobre o milho, a situação ainda é crítica, conforme o analista de mercado. Os americanos já cortaram 11 milhões de toneladas da produtividade, mesmo com o milho ainda em fase de grão e frutificação.
Do outro lado, o Brasil continua apresentando quebra na safra, em virtude das intempéries climáticas severas como a estiagem e posteriormente a seca. A colheita em andamento mostra várias irregularidades em produtividade, podendo refletir em uma quebra ainda maior da prevista até agora. “Caso isso se confirme, haverá pouca oferta no mercado, tornando os preços firmes e para o alto”.
Na B3, os preços futuros do milho operaram levemente mais altos perto do meio-dia nesta segunda-feira. Para vencimento em setembro deste ano, a cotação chegou a R$ 99,92, alta de 0,02%. Já para novembro, atingiu os três dígitos, chegando a R$ 100,51 com ganho de 0,11% e janeiro, negociado a R$ 101,60 e em março/22, a R$ 101,50.
Em relação à soja, o americano ainda não cortou a quebra, uma vez que ainda acredita em uma capacidade de recuperação, por conta do estágio atual das lavouras. “Mas a previsão é a de reduzir um milhão de toneladas e que o Brasil vai colher 144 milhões de toneladas, de uma produção que sequer foi plantada. “Se essa produção brasileira não se confirmar, não haverá estoque e surgirá a necessidade de reduzir o consumo. Para que isso ocorra, será necessário elevar os preços”.
(Vandré Dubiela/Sou Agro)