Safra soja 2020. Fotos:Jaelson Lucas / AEN

Mercado fundiário: terra a preço de ouro

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti
https://youtu.be/Iht5Fiwv5kE

 

#souagro | O valor da terra agrícola no Brasil não para de subir. Nos últimos 12 meses, a valorização atingiu 30% do hectare para grãos. É o que aponta a pesquisa da IHS Markit, empresa que acompanha o mercado de terras para agronegócio em 133 regiões do País desde 2001. Trata-se de um compilado de informações captadas com corretores sobre negócios fechados, dados de secretarias de agricultura, cooperativas e avaliação patrimonial por intermédio de peritos.

 

Confira a entrevista com o corretor de imóveis João Gross:

No Paraná, as áreas adquiridas para exploração de grãos subiram 29,2% em um ano. Já as terras para pastagens tiveram seus valores majorados em 12% nos últimos 12 meses. Depois das terras para grãos, as outras áreas mais valorizadas são exploradas com café e para fins de reflorestamento, com elevação de 14% no período, seguida por pastagens, 11,5% e cana-de-açúcar, 10%. O Paraná é o estado com o hectare mais caro, estimado em R$ 50 mil.

 

VEJA TAMBÉM:

Há oito anos no mercado imobiliário, o corretor de imóveis João Gross, o maior reflexo da supervalorização das terras agrícolas no Paraná é a inviabilização dos grandes negócios. “O investimento ou o retorno financeiro só é possível daqui 70, 80 anos, com base no valor das terras praticados atualmente”, aponta. Hoje, o alqueire é comercializado entre 3 mil a 4 mil sacas de soja. “Os negócios hoje se restringem aos vizinhos, envolvendo áreas de pequena e médio portes”.

As negociações de grandes áreas estão represadas, por conta do preço elevado as terras, conforme Gross. “Não vejo perspectiva de mudança, muito pelo contrário, deve valorizar mais nos próximos meses”. A terra é considerada hoje o melhor investimento, mesmo com o preço considerado elevado.

(Vandré Dubiela/Sou Agro)

 

(Sirlei Benetti/Sou Agro)

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