Fórum Feijão

IDR-Paraná produz Nota Técnica sobre a dessecação do feijão

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela
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#souagro | As boas práticas na colheita da cultura do feijão reuniram em um só lugar, MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), além da Seab, Crea-PR, Tecpar, engenheiros agrônomos, representantes de empresas empacotadoras e cerealistas. Os debates ficaram concentrados em como aumentar a segurança alimentar para a produção deste importante alimento, fonte de nutrientes e de fibras. O fórum ocorreu na noite de segunda-feira (13), na AREAC (Associação Regional dos Engenheiros Agrônomos de Cascavel).

O evento resultou na elaboração de uma Nota Técnica por parte do IDR-Paraná e do Governo do Estado. Nela, o assunto principal envolve a Dessecação Pré-Colheita da Cultura do Feijão – Tecnologias e Desafios. A apresentação da nota ficou a cargo de José dos Santos Neto, do IDR-Paraná. A equipe técnica responsável pela elaboração conta com representantes do MAPA, IDR-Paraná, Adapar e Crea-PR.

O feijão é considerado alimento básica da população brasileira. O consumo per capita anual no Brasil é de 15,3 quilos. Na safra 2020/21, de acordo com dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o Brasil produziu 2,25 milhões de toneladas. O Paraná é líder na produção da leguminosa comestível, respondendo por 23,7% do total produzido, seguido por Minas Gerais, com 23,1%, Goiás, 15%, Mato Grosso, 9% e São Paulo, com 7,7%. A agricultura familiar é a principal responsável pela produção no Paraná.

As autoridades alertaram sobre alguns cuidados que precisam ser adotados pelo produtor, caso ele opte pela dissecação da lavoura. O item número 1 aborda a utilização de produtos com registro no MAPA e com cadastro na Adapar, específicos para a dessecação. Um dos fatores preocupantes apontados pelo MAPA, por exemplo, envolve a presença de teores de glifosinato acima do permitido em algumas amostras colhidas. Cezar Augusto Pian, do MAPA, alertou que as multas são pesadas se situações similares forem flagradas, algumas podendo chegar a meio milhão de reais.

 

Outra recomendação citada na nota técnica: o uso do dessecante no momento correto do estágio fenológico da cultura, na dosagem recomendada e respeitando o intervalo da carência indicados na bula do produto e receituário agronômico emitido pelo engenheiro agrônomo, são fundamentais para a eficiência da prática e para que os grãos ou sementes não apresentem resíduos acima do limite máximo permitido.

A assistência técnica por parte do engenheiro agrônomo é outro fator imprescindível. É ele que dará as devidas orientações e definirá o melhor momento para realizar a dessecação e se ela é necessária. O produtor também deverá utilizar o EPI (Equipamento de Proteção Individual) para prevenir intoxicações e acidentes.

Por outro lado, os cerealistas também reivindicaram uma solução para o problema e um apoio para o custeio dos exames das amostras, hoje apontados por eles de alto custo e inviável economicamente. Eles estão dispostos a colaborar para a segurança alimentar envolvendo o feijão, mas querem um apoio dos governos para alcançar essa condição. Após a utilização dos agroquímicos, em atendimento à legislação, os agricultores deverão realizar a devolução das embalagens vazias aos postos de recebimento dentro dos prazos. Para o presidente da AREAC, engenheiro agrônomo Cesar Veronese, é preciso mobilizar toda a cadeia produtiva sobre a conscientização e boas práticas envolvendo a colheita da cultura do feijão.

(Vandré Dubiela/Sou Agro)

 

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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