Economista do Deral/Seab avalia efeitos da geada no milho e trigo
#souagro | Ainda não é possível avaliar com precisão os danos causados pela geada em todo o Paraná, em especial no oeste paranaense. Mas o economista do Deral (Departamento de Economia Rural) ligado à Seab (Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado do Paraná), Marcelo Garrido, apresenta um prognóstico dos efeitos preliminares provocados pelas baixas temperaturas nas lavouras de milho segunda safra e trigo no Estado.
Segundo ele, em relação ao milho segunda safra, 1,8 milhão de hectares está suscetíveis a enfrentar algum tipo de problema em decorrência das temperaturas baixas. A região que deve sentir com maior intensidade é efeitos é a norte, com cerca de 800 mil hectares plantados com a cultura, ainda que lá, nesta época do ano, a geada não chegar a ser tão severa, nas palavras do economista. Em relação ao Paraná, a região com maior risco de perdas é a do oeste, uma vez que nesse período, as geadas podem ocorrer com mais intensidade.
Já com relação ao trigo, 95% da cultura foram plantados no Paraná. Somente 1% de toda essa área está sob risco, conforme o Deral/Seab. Essa área está concentrada na região de Campo Mourão. Nas regiões norte, oeste e sudoeste, há riscos, mas bem inferiores com relação à cultura do trigo.
CONFIRA A ENTREVISTA COM O ECONOMISTA MARCELO GARRIDO:
O produtor Emir Schneider, de Fazenda Jardim, em Corbélia, gravou um vídeo que viralizou nos grupos de agricultura. Em entrevista ao Portal Sou Agro, ele conta que a geada afetou pelo menos 200 hectares plantados. “Era um milho com potencial muito grande de produtividade, não fosse a geada”, disse ele, que vive da agricultura desde que nasceu e só tinha visto algo parecido em 2013. “Porém, dessa vez, pegou uma área maior, uma vez que o plantio foi feito no fim do zoneamento, em virtude do reflexo gerado pelo atraso no plantio da soja”, relata. (Vandré Dubiela/Sou Agro)
VEJA AS IMAGENS DO MILHO CONGELADO GRAVADAS PELO PRODUTOR EMIR SCHNEIDER: