Consumo de ovos de galinha tem crescimento de 6% Brasil
Os ovos de galinha estão presentes em diversos alimentos do nosso dia a dia, como pães, bolos, biscoitos, seja em receitas caseiras ou em produtos industrializados, também são consumidos nas refeições das famílias, seja frito, cozido ou mexido. Para os amantes dos exercícios físicos, em especial, dos frequentadores de academia, a proteína proveniente dos ovos é apreciada e muito consumida. O consumo no Brasil vem aumentando, em 2013, por exemplo, eram 168 unidades por habitante, em 2021, deve chegar a 265 unidades per capita, de acordo com estimativa da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), alta de 6% frente ao ano anterior. A produção de ovos no país deve crescer 5% na comparação com 2020.
Para o especialista em Nutrição – Aves da Vaccinar, Javer Alves, o aumento de produção deve ser acompanhado de investimentos em tecnologia e, em especial, no bem-estar e no planejamento nutricional dos lotes. O bem-estar e a nutrição são os principais fatores para garantir o progresso da atividade agrícola e sua inserção no mercado mundial. Ele explica que as linhagens modernas de galinhas poedeiras são bastante sensíveis à qualidade e aos níveis dos nutrientes presentes na dieta e, por isso, as estratégias nutricionais e a escolha de ingredientes devem ser bem pensadas.
Javer Alves acrescenta que a nutrição é uma grande aliada para melhoria da saúde das aves e consequentemente na qualidade dos ovos. A utilização de alguns alimentos ou aditivos pode conferir melhorias nas condições sanitárias do lote ou na composição dos ovos. Sabe-se que a nutrição representa 70% dos custos de produção do setor avícola e que a energia e a proteína são as parcelas mais representativas deste custo. Dessa forma, o maior desafio da nutrição é fornecer alimentos capazes de atender à exigência do animal, garantindo a máxima eficiência alimentar e menor perda de nutrientes para o meio ambiente.
Além do monitoramento da qualidade dos principais ingredientes, principalmente milho e farelo de soja, a adoção de alguns aditivos pode refletir em melhoria de saúde, com destaque para a saúde do aparelho digestivo. Várias pesquisas mostram o benefício de compostos como ácidos orgânicos, óleos essenciais, probióticos, enzimas para melhoria do equilíbrio intestinal e, logo, saúde dos lotes.
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Sistemas alternativos
É fato que o tipo de criação tem impacto sobre o comportamento animal e para fazer a transição de um sistema convencional de criação para um alternativo ou apenas com menor densidade de animais, o avicultor deve fazer investimentos e ter em mente que a garantia do bem-estar de seu plantel está correlacionada com diversos elementos a fim de garantir “as cinco liberdades” que são: livres de fome e sede; livre de desconforto; livres de dor, sofrimento e doenças; livres de medo e estresse e livres para expressarem seu comportamento natural.
Javer Alves explica que algumas mudanças simples no manejo animal e no dimensionamento de equipamentos são suficientes para conferir alguma melhoria no bem-estar animal. “É claro que existem desafios quanto a essa transição principalmente para os pequenos produtores. Contudo, não se pode ignorar essas mudanças no mercado avícola, visto que, em diversos países, a criação em gaiolas já foi proibida”, analisa.
Nos sistemas cage free (livre de gaiola, em inglês), as condições de criação devem ser favoráveis para manutenção da saúde das aves, desde que respeitada todas as condições de limpeza e biosseguridade. Nesse modelo, a garantia de bem-estar está diretamente ligada com a capacidade das aves expressarem seus comportamentos naturais, como realizar a postura em ninhos, ciscar, banho de área, e além do fato de terem espaço para locomoção, o que promove como consequência uma melhoria do aparelho esquelético. E alteração de determinados manejos ou até mesmo de tipo de criação permite ao produtor ingressar em novos nichos de mercado que tem consumidores dispostos a pagar por produtos advindos de produções que confiram maiores cuidados com o bem-estar e a nutrição das aves.
FONTE: SINDIAVIAPAR
FOTO: Vaccinar Divulgação