Clima prejudicou mais o agro que as restrições da pandemia no Paraná
#souagro | As intempéries climáticas, caracterizadas pela seca castigante no segundo semestre do ano passado e o excesso de chuva registrado no início deste ano, responsáveis pelo atraso no plantio de safras importantes para o Paraná, como a soja e o milho segunda safra, impactaram mais no agronegócio do que as constantes medidas restritivas anunciadas pelo Governo do Paraná. A afirmação é do gerente do Departamento Técnico do Senar-PR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), Arthur Bergamini, em entrevista concedida nesta quarta-feira (17) ao Programa Mercado & Companhia, do Canal Rural.
“Não temos ainda percebido um grande impacto no campo, pois rapidamente o setor conseguiu se adaptar, atendendo questões de biossegurança”, pontua. “O agricultor vem conseguindo dar suporte às atividades no campo, uma vez que o Paraná ainda vive a colheita da soja e o plantio do milho safrinha”.
Neste momento, o Paraná está com 60% da soja colhida, um pouco atrasada em relação ao ano passado, quando nesta mesma época, a colheita já superava 70% de toda a área plantada. Ou seja, a restrição maior é com o plantio durante a estiagem o as chuvas torrenciais em períodos estratégicos para a colheita, gerando atrasos.
Desde o início da pandemia em março do ano passado, o Senar-PR suspendeu temporariamente as atividades abertas ao público, centrando os trabalhos no aperfeiçoamento de instrutores e mobilizadores. A conectividade com o agronegócio surgiu neste caminho, estreitando o contato entre o homem do campo e os profissionais da área técnica.
No Paraná, as medidas restritivas foram prorrogadas até o dia 1º de abril e fazem parte do Decreto 7.122/2021. (Vandré Dubiela, com informações do Canal Rural)
Foto: Jonas Oliveira/AEN