Cigarrinha-do-milho: praga faz investimentos em inseticidas quase dobrar
#souagro: O mercado de agroquímicos para o milho safrinha movimentou US$ 1,36 bilhão em 2021, é isso que mostra o resultado do estudo BIP (Business Inteligence Panel), recém concluído pela Spark Inteligência Estratégica. Lembrando que o ciclo do milho safrinha que começa n início do ano, dura em média quatro meses. Os inseticidas foram os produtos mais comercializados para proteger o milho, com participação de 36%, cerca de US$ 490 milhões.
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Investimento para combater a cigarrinha-do-milho
O estudo comprovou a tendência de avanço da cigarrinha-do-milho nas lavouras. De acordo com o analista de projetos da consultoria, Vitor Hugo Leite, o investimento do produtor no manejo dessa praga, praticamente dobrou. Segundo o executivo, produtos específicos ao controle da cigarrinha correspondem hoje por 14% do segmento de inseticidas para milho na safrinha (US$ 70 milhões), comparado a 8% do ciclo 2019 (US$ 36 milhões).
Descrita por especialistas como responsável pela transmissão de doenças economicamente relevantes, inclusive virose do raiado fino e enfezamentos pálido e vermelho. A cigarrinha-do-milho causa surgimento de espigas improdutivas e de tamanho menor que o normal, principalmente por conta da redução da absorção de nutrientes pelas plantas.
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O que motivou tanto investimento
Conforme o estudo, esse aumento das vendas de inseticidas para combater a cigarrinha-do-milho foi por conta da forte pressão da praga em 2021, observada nas principais regiões produtoras.
Vitor Leite enfatiza que no Paraná a compra dos produtos saltou de 9% para 42%. Em Goiás, subiu para 81%, contra 57%. Já no Mato Grosso do Sul, essa relação foi de 8% para 21%. “Na análise geral, a adoção de inseticidas específicos para a cigarrinha-do-milho aumentou de 19% da área plantada, na safrinha 2020, para 35% na 2021. O número médio de tratamentos também subiu, de 1,7 para 2,1, uma elevação de 24% e altamente representativa”, explica Vitor Leite.
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Dados oficiais agregados ao estudo atestam que a área plantada de milho na safrinha 2021 foi de 14,6 milhões de hectares, correspondeu a cerca de 80% do total cultivado com o milho no país. Isso comparado ao milho verão, que ocupou 3,6 milhões de hectares no último ciclo, semeado entre setembro e dezembro e colhido no início do ano seguinte.
A expectativa é de que segmento de inseticidas para a cigarrinha-do- milho volte a crescer diante das projeções atuais, ligadas a possíveis aumentos de área plantada e de preços das commodities agrícolas de maior valor agregado.
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Outros segmentos
O BIP Spark Milho/Safrinha 2021 apurou também que a categoria dos herbicidas ficou na segunda posição na relação dos defensivos agrícolas mais demandados pelo produtor, com 24% de participação ou US$ 325 milhões.
Os fungicidas, terceiro segmento em vendas, foram responsáveis por US$ 260 milhões (19% do total), seguidos pelos produtos para tratamento de sementes: 17% ou US$ 229 milhões.
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Outros insumos para proteção de cultivos diversos, fecham o levantamento da Spark com 5% de participação (US$ 63 milhões). A pesquisa aponta ainda que não houve registro de variações relevantes relacionada as categorias empregada no milho safrinha em relação às vendas totais do ciclo 2020.
(Débora Damasceno/ Sou Agro com Assessoria )